A Galeria Luiz Fernando Landeiro busca mostrar a arte contemporânea de forma expansiva, não convencional, sendo sua principal missão difundir a arte em uma expressão livre. Com consciência sociocultural marcante e linha de trabalho alinhada com a arte em todas as suas expressões, busca mostrar a produção de artistas nacionais e estrangeiros, novos ou consagrados, criando experiências, realizando exposições e mostras coletivas das diversas vertentes contemporâneas.
O projeto arquitetônico é assinado por Dolores Landeiro, designer de interiores e grande apreciadora das artes, que criou três pavimentos nos 400 metros quadrados de área, possibilitando a realização de exposições nos três ambientes. A galeria ainda abriga um espaço de venda de livros de arte e fotografia.
Diretor: Luiz Fernando Landeiro
Financeiro: Diana Nunes
Gerente de Vendas: Raimundo Jôu Vilela
Produtor Cultural: Camilo Fróes
Estágiaria: Yasmin Reis
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Publicações
LUIZ FERNANDO LANDEIRO ARTE CONTEMPORÂNEA
A galeria Luiz Fernando Landeiro Arte Contemporânea possui um perfil voltado à produção de arte contemporânea, apresentando obras de artistas brasileiros e internacionais, e dando especial atenção à jovem produção baiana. A galeria trabalha com diversas linguagens visuais da atualidade priorizando a qualidade formal e a profundidade poética das obras, considerando a perspectiva de desenvolvimento da carreira de jovens artistas. Localizada em região nobre de Salvador, é um espaço com área de 580 metros quadrados distribuídos em três pavimentos e totalmente adaptado às necessidades atuais de montagem de exposições, com climatização, aparelhamento para exibição de vídeos, equipamentos de segurança e reserva técnica adequada aos padrões de guarda e conservação de obras de arte. A galeria participou em 2012 da ARTIGO Rio Feira de Arte Contemporânea, onde ganhou a premiação de Melhor Projeto Jovem, e mantem planos para ampliar sua participação em outras feiras. Com formação realizada em diversos cursos de arte oferecidos pelo Museu de Arte Moderna da Bahia, e após experiência informal no mercado de arte, o galerista Luiz Fernando Landeiro abriu a galeria em 2013 com a proposta de abrigar exposições coletivas e individuais, de contribuir com o cenário cultural e de dinamizar o mercado de arte em Salvador. Constam no acervo obras de Adrianna Eu, Almandrade, Antônio Tarsis, Bruno Miguel, Evandro Soares, Eliezer Bezerra, Gia, Luiz Mauro, Luís Parras, Marcelo Daldoce, Marcelo Solá, Péricles Mendes, Renata Cruz e Tuti Minervino, entre outros.
Em Balaios
O festival cultural Em Balaios, traz a Salvador uma belíssima seleção de artistas retratando de diversas formas o sincretismo, o feminino, o místico e o cotidiano dos festejos que estão entorno de Yemanjá.
Programação:
01/02 a partir das 16 horas
Abertura:
Exposição Em Balaios, com os artistas Alessandra Vaghi, Aristides Alves, Gia, Luiz Pablo Moura, Nely Oliveira,
Raul Zito, Yuri Ferraz e Tuti Minervino.
02/02 a partir das 10:00 horas
Atrações Musicais:
10:00 Baile Remoso
12:00 Micah Gaugh, Henry Schroy, Jorge Amorim, Junix, Rebeca da Mata, Diego Andrade, Maristela Muller, Edbraz e Mestra Bira Reis Jam Sessions
16:00 Maristela Muller
18:00 Anunnakis
(Diego Andrade, Bruno Aranha e Manuel Venancio)
20:00 Enio e Trio Cabuloso
02/02 a partir das 07:00 horas
Performance
07:00 Oferenda, Gia
09:00 Protesto, Gia
15:00 Hoje não quero falar de beleza, Roberta Nascimento
19:00 Yeah Man, Já, Tuti MInervino
19:30 Halo, Ana Pessoa
20:00 Kirymurê Paraguaçú, Fábio Duarte
20:30 Panos de Catraia, Gia
Além da Pele/Beyond Skin
Além da Pele
Existe uma relação do homem aos signos com o corpo, marcando os animais e a através da tatuagem como status social, em que além da pele, cada uma destas sociedades, se tem significados diversos, representações sociais, que são reflexos das suas experiências com a realidade. A expressão da tatuagem contemporânea vem ser confrontada, com as relações passadas, fazendo uma analise coerente da historia da tatuagem e as suas movimentações contemporâneas.
Através do suporte da pele, são pensados os trabalhos destes tatuadores artistas, com diversos significados estéticos, dos quais nesta exposição vamos apresentar os diversos estilos da tatuagem, como o Old School, New School, Sumi, Realismo, Tridimensional, Tipologia, Tribal, Figurativo, Estilizada, Alto Relevo, Celta, Psicodélicas, Religiosas, Bold Line e Branding.
A exposição é realizada com 38 artistas da tatuagem, de todas as partes do Brasil, que possuem um trabalho autoral nas artes plásticas, tanto quanto como tatuadores que representam cada um destes estilos.
Analisando a cultura pop, os estilos, movimentos, escolas, realizando uma leitura do fenômeno do corpo como suporte da arte, sua reconstrução, através das intervenções corporais da tatuagem, vamos com está exposição criar experiências estéticas corporais, sensoriais, criando uma relação com a arte, o ser, através de uma relação performática, a obra se locomove, fazendo com que interaja com espaços incomuns e desenvolvendo relações sociais, no momento que você tem contato com um tatuado.
O corpo é o mecanismo das relações externas, na aplicação de uma tatuagem, há uma mudança de linguagem da forma como o corpo passa a se expressar, valoriza a espontaneidade, o improviso, suportar a dor, transgride, busca na contra cultura, do culto ao corpo, extravasar a pureza, superar a expressão dos limites corporais, da liberação química que o corpo sofre, cria se uma resistência psíquica corporal a dor, através da reconstrução do próprio corpo, permeia uma forma libertaria dos padrões divinos, sendo também um ato divino do artista, tatuador, criador. A tatuagem, além da pele é arte!
Luiz Fernando Landeiro
Campos de Batalha
Paisagens silenciosas, lugares que omitem o seu passado cruel. Assim serão mostrados alguns campos de batalha, em fotos panorâmicas, que para alguns transmitem imagens idílicas, que poderiam ser confundidas com paisagens que ilustrariam um cartão postal.
Proximidade e Distância. Fator conhecido na arte de Stephan Kaluza, ele colocará o expectador dentro de um cenário de Guerra, nos dando a sensação segura de estarmos admirando campos ou praias.
“Nem um antes, nem um depois, apenas um lugar que perdeu a sua magia”. Assim fala o artista sobre essas. “A história atrás da história”.
GIA é arte!
“Diga conosco: GI-A”… a apropriação do célebre trabalho de Anna Bella Geiger é identificada de imediato. Porém, o que poderia ser uma simples transgressão do original “BU-RO-CRA-CIA” pelo “GI-A” advém de um ato político: a burocracia apenas soletrada nos anos 70 deu lugar à democracia de ação, interferência e questionamento que, poderia se dizer, caracteriza o incipiente século XXI no Brasil. Simbolicamente, o contexto repressivo da obra de Geiger foi vencido (felizmente!) pelo contexto democrático do GIA. Mas estamos longe, muito longe, de um Brasil justo… e a série “Quanto Corrupção”, mediante cartazes populares, escancara os abusos inomináveis do poder em várias esferas… sintomaticamente amparados pela burocracia soletrada nos anos 70! Se a sequência cronológica dos escândalos desde 2002 (quando o grupo começou a agir) parece reforçar a crônica desgraça dessa democracia frágil amparada pela certeza de impunidade, é possível que a série “Acredite nas suas ações” oferece um caminho imediato de revolta contra a impotência cidadã. E, nessa perspectiva, o que era um pequeno panfleto descartável agora redimensionado como cartaz, advém, novamente, de um ato político crucial nesses tempos de apatia sistemática, omissão confortável e desinformação manipulada. O cartaz é um objeto que merece destaque porque conclama à iniciativa individual – uma lógica de guerrilha: acredite nas suas ações porque essas, talvez, possam ser as formas de implodir a lógica viciada que vem de cima.
O GIA é um coletivo artístico que age no contexto social, político, cultural e econômico onde vive, através de ações que compreendem objetos e registros diversos. É difícil olhar para essa produção artística desde as categorias de obras que se vêm na maioria das galerias de arte. Não cria objetos contemplativos; não discute conceitos como exercício retórico; não constrói situações roteirizadas; não propõe virtuosismos técnicos. Antes de tudo, o GIA promove reflexão e crítica sobre o que está aí, sobre a realidade corriqueira, sobre o nosso tempo. Denuncia os absurdos com as armas da ironia – sem deboche; desmonta o autoritarismo mediante a irreverência – não o desrespeito; desafia a estupidez opondo sagacidade – nunca o ridículo.
Relevando que a maioria das ações do grupo é realizada em espaço público, a mostra nesta galeria pode ser lida como transgressão da fronteira entre público e privado e como invasão do sentido de coletividade desatrelada da ideia de exclusividade. A exposição redimensiona a experiência do “QG” e do “Samba GIA”, dentre as várias instâncias espaciais promovidas desde sua origem, não só pelos registros e objetos que aqui se apresentam, mas com a matéria essencial do grupo: a (con)vivência, proposta mediante a instalação da “Cozinha GIA” no andar superior da Galeria. Também um grande “Caramujo” reconfigura o “cubo-branco” com essa imprevisibilidade de acontecimento e essa possibilidade de ocupação que caracteriza os vários caramujos que o grupo instalou em diferentes momentos e lugares, dentro e fora do Brasil.
Assim, esta exposição contém uma vasta trajetória de mais de doze anos ininterruptos de ações diversas do GIA através de cartazes, vídeos, fotos e alguns dos objetos usados nos trabalhos do grupo. Não é uma exposição do convencional e do consensual, mas uma defesa do ético como dimensão estética.
Eu escuto a cor dos pássaros
Eder Muniz apresenta nova exposição em galeria no Rio Vermelho
“Eu escuto a cor dos pássaros” tem abertura dia 16 de julho na galeria Luiz Fernando Landeiro
Tratado geral das grandezas do ínfimo
A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios.
Manoel de Barros
Grafitti, Manoel de Barros e física quântica. Foi a junção desses três elementos que inspirou a nova exposição do artista plástico baiano Eder Muniz, “Eu escuto a cor dos pássaros”. Com abertura no dia 16 de julho de 2015 (quinta-feira), a mostra reúne 33 peças em madeira maciça no formato 14x10cm, compondo uma espécie de narrativa que versa sobre o universo que há em cada indivíduo.
A Galeria Luiz Fernando Landeiro Arte Contemporânea sedia esta nova exposição de Muniz, que sempre vem se reinventando dentro da linguagem do grafitti, expressão pela qual seu trabalho ficou conhecido nacional e internacionalmente. Ao unir a pintura com a inspiração da poesia de Manoel de Barros e os preceitos da física quântica, interessa ao artista refletir sobre a natureza humana e sobre os limites da realidade. Para ele, estas duas formas de expressão (a poesia e a física) se completam ao conciliar espiritualidade, medicina, filosofia e estudos sobre a consciência.
Ativo nas ruas de Salvador/BA há mais de 15 anos, Muniz desenvolveu sua arte de modo autodidata, experimentando com o spray nas ruas da cidade. O cenário da arte de rua mudou aos seus olhos quando começou a desenvolver técnica misturando arte plástica e grafite. Muniz incorpora ao seu trabalho figuras humanas, animais e a diversidade do abstrato e o surreal. Nessa mistura ele dialoga com a cidade e seu meio, o equilíbrio entre a natureza e seres humanos de maneira poética simples e singular.
Em “Eu escuto a cor dos pássaros”, Eder Muniz mais uma vez inova no formato de suas obras, que há muito já saíram das ruas e entraram por galerias e outros espaços de arte em Salvador e fora dela. A abertura contará com a performance do poeta James Martins e do música Juracy Yhuuu, além de degustação dos chocolates AMMA.
A mostra fica em cartaz até o dia 21/08/2015, e tem entrada franca.
Da Boa Morte
O percurso do artista vem de uma pesquisa profunda sobre a tinta, sua textura, sua interação, sua forma. Em que muitas vezes a própria obra é somente tinta, criando um expressionismo solto, sem suporte, dando assim uma leveza, a forte paleta com as tintas e suas cores. Essa liberdade em que o artista busca, para novas elaborações com a pintura, vem se desdobrar, em figuras, soltas, como objetos flutuando em fundos chapados de azul, como uma manhã sem nuvens, as figuras se posicionam em sua tela como divindades a serem cultuadas, criando assim totens, em seu altar, do qual essas figuras são fontes sincréticas, da confraria religiosa da Irmandade da Boa Morte de Cachoeira, recôncavo na Bahia. Mesmo no processo o artista mantém sua criatividade diante das imagens criadas através de sua pesquisa, mesmo sem abrir mão de suas crenças ancestrais o artista busca fazer a interação, com a sua cultura, através da sua perspectiva, mas com profundo grau analítico, já que os festejos foram trazidos do seu país de origem, Portugal, que veio a ser adaptada a nossa miscigenação cultural. Registrando assim a devoção da comunidade da Nossa Senhora da Boa Morte, passou a ter também um significado social, permitindo a agregação dos escravos, facultando a manutenção de sua religiosidade num ambiente hostil e delimitando um instrumento corporativo de defesa e de valorização do indivíduo, tornando-se, por todas essas razões, um inigualável meio de celebração da vida, em que este questionamento, dialoga com a obra do artista, que tem como elaboração conceitual, questões sociais e de libertação ideológica. O artista foi contemplado com a residência artística na Sacatar, na ilha de Itaparica, na Bahia, podendo assim ter um contato mais próximo com todas essas identidades culturais, desenvolvendo encontros íntimos, profundos, com a comunidade local, em um longo dialogo com o artista, em que todas estas conversas resultam em uma co-criação, em um profundo anseio de cada individuo, sobre os seus desejos, imposições culturais, realizando assim um registro cultural significativo a nossa cultura local e os seus desdobramentos desde sua origem.
Caçador de Bonecas
Exposição, Jam Session e exibição de documentários. O multitalentoso Micah Caugh se transforma em Caçador de Bonecas (Dollhunter) na mostra de arte abstrata, inspirada no filme homônimo de sua autoria, que será aberta no final de tarde de sábado (23/05), a partir das 16 horas, na Galeria Luiz Fernando Landeiro Arte Contemporânea, no Rio Vermelho. Durante a abertura, o artista plástico vai revelar seus talentos como autor, ator e diretor nos documentários Dollhunter e Black Surfers In Brasil e como saxofonista na Jam Session, que iniciará com uma parada do Largo de Santana (Dinha do Acarajé) até o local da festa. A galeria vai abrigar a mostra até o dia 31 de maio, na Rua da Paciência, 227 – Rio Vermelho.
O artista faz uma releitura da arte abstrata nas coloridíssimas pinturas, desenhos e instalações, que revelam as favelas, florestas e cidades das cenas do Caçador de Bonecas. Criadas durante as pesquisas para o documentário, as obras de Micah Caugh serão expostas no cenário inspirado na galeria de arte mostrada nas cenas centrais do filme.
ACQUA
O cearense Sérgio Helle vem se destacando cada vez mais no cenário das artes plásticas e o resultado desta mistura de técnicas poderá ser conferido na exposição, que apresenta infogravuras, obras de artes que mistura técnicas tradicionais de pintura com a computação.
Uma imagem de uma mulher submersa postada na Internet, clicada pelo fotografa Nicoline Patrícia, inspirou este trabalho do artista cearense. “As distorções do corpo e do vestido dessa mulher na água me fascinaram. Achei que era o momento de voltar a inserir a figura humana no trabalho. Dessa vez sob a água, e explorar os limites das imagens por meio de suas variações”, explica Helle. Para ele, a água desvenda novos ângulos de visão, com seus reflexos e suas “lentes” por onde as cores e formas são distorcidas, ampliadas e desfocadas criando novas imagens que, por momentos, o olho se perde da figura e encontra a abstração.
Com 25 anos de carreira, Helle mergulhou na tecnologia e expandiu a possibilidade do uso artístico na computação em várias exposições. O seu trabalho se consolidou a partir da mostra Abraço de Cinema, em 2001 no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza. Com a gravura Paixão, que fazia parte desta exposição, ganhou o Prêmio Gravura do Salão de Abril.
Dudha Devi
Matuto. Matreiro?
Buscar o sentido das coisas, os termos, a acepção destes como forma de compreender o outro é também parte de nosso processo de amadurecimento. Racionalizar, interagir, entender, mastigar, dar forma. Compreender a forma. De que nos valeria tanta labuta se não pela busca por nossa própria liberdade? Somos sim sabedores de nada e a cada passo nos damos conta de que essa batalha é, na grande maioria das vezes ingrata pois, conhecer é descobrir que há muito ainda a saber. Costumeiramente estamos presos aos modelos com os quais nos moldamos para lidar com o desconhecido, com o outro e assim vamos, rastejando. Cotidianamente. Esse é um processo que sangra mas que, de alguma forma, nos põe melhores. O matuto, a criatura ensimesmada que vive a margem dessa marcha voraz que chancela as relações nas grandes cidades caminha sorrateiramente pela trilha das sutilezas. Degusta com calma toda a parcimônia que o tempo lhe deu e que o faz rico conhecedor das entrelinhas. Comunica-se por elas. Se a este a terminologia é aplicada como forma de definir qualquer “rusticidade de espírito”, isso se deve apenas a nossa sutil incapacidade em percebermos o outro. Rudimentares que somos. Através de sua nova série de pinturas “Muito pelo ao contrário”, Fábio Baroli retrata um desses matutos, traçando e pontuando seu implícito. Nessa compilação, a sagacidade dos trocadilhos que dão forma a essa narrativa imagética traz não somente o resgate de uma cultura que, na grande maioria das vezes, nos foge à compreensão mas, acima de tudo, aponta a delicadeza das amarras de seu universo pessoal. Representada nas pinturas de Baroli é realisticamente sutil e por isso mesmo, devemos olhá-la com leveza, em todos os seus detalhes, de forma a não perder um, dois, cem mundos inteiros e indecifráveis mas, ainda assim, perfeitamente possíveis.Uma contradição deliciosa que se afina imediatamente ao o humor temático da exposição. Afinal, o trocadilho é, acima de tudo, oposição. Imergir portanto é necessário e se mostra possível apenas quando houver de nossa parte um equilibrado senso de compreensão dospormenores.Tenhamos calma pois o artista sabe, mais do que ninguém, que não é arrazoado buscar em nós os matutos. A escolha pelo caminhar árduo e apaixonado é natural a todo artesão e não seria diante de tamanha sina que Fábio Baroli construiria seu relicário de tamanha ordem, sem que houvesse cicatrizes. Na tela. Na alma. Cabe a nós abraçarmos, sem sacrifício, o amor incondicional que o artista viveu junto ao maior de todos os matutos. É certo que, por muitos anos, este contato fora interrompido pois Baroli saiu para buscar mundo. Viveu, virou, tornou a mudar de direção. Transformou-se e retornou apenas para descobrir o quanto de sorrisos ainda é necessário para que seja cimentado o caminho do conhecimento. Entendeu que ainda há muito a ser feito. Em nome do pai.
Renato Silva
Como refazer o mundo
“E o mundo teve mundos”
Wallace Stevens
Como refazer o mundo reúne trabalhos de trinta e dois artistas e dois coletivos nacionais. Agrupa obras de diferentes categorias e suportes evidenciando a prática artística contemporânea como uma atividade que, a partir das experiências individuais dos artistas, se dedica a criar interpretações e a refazer os aspectos do mundo. Reúne obras que reconstroem e deslocam o estatuto e a configuração de imagens e figuras, que extraem ou fixam pequenas coisas do dia a dia, de acontecimentos que passam despercebidos, de objetos que de tanto usarmos deixamos de notar, de afetos que vão sendo armazenados na memória e para os quais muitas vezes não temos tempo, de sentimentos que frustramos, de desejos que desviamos ou não realizamos, de espaços da imaginação que deixamos de frequentar e de colocarmos em conversação com os espaços do mundo, por estarmos tão alienados pelo funcionalismo e pela urgência da vida nas grandes cidades. Obras produzidas em diálogo com o mundo e que nos colocam atentos a ele, que nos convidam a vivenciá-lo, que operam e fazem sentido diante dele e para ele, e que propõem inúmeras formas de conversações com a vida atual.
A exposição traz uma pauta ampla e diversificada de questões que despertam interesse no quadro da produção brasileira, tais como: a apropriação e a mistura de imagens prontas produzidas tanto pela história da arte quanto pela publicidade e pela indústria; a recuperação da linguagem figurativa explorada na elaboração de narrativas visuais dedicadas ao universo da intimidade do artista e à manifestação do sujeito em atrito com o mundo; o desenvolvimento de complexas relações entre imagem e texto; as diferentes maneiras pelas quais se manifestam repertórios vinculados à memória; a presença de procedimentos de colecionismo e de arquivismo na formação das obras; o diálogo entre as heranças populares e a linguagem contemporânea; a presença ou a representação do corpo e da carne humana na constituição da obra; o conceito de obra em processo aberta aos experimentos e ao registro do tempo; a crítica à alienação da sociedade de consumo; a importância do desenho enquanto linguagem autônoma nos circuitos de arte institucional e mercadológico. Enfim, o percurso da exposição permite o defrontar com procedimentos da arte contemporânea pelos quais os artistas vão resignificando as coisas do mundo.
Divino Sobral
Goiânia, março-abril de 2014
Lançamento catálogo Boardilla
A sombra do delírio verde
A sombra do delírio verde
O cheiro anis da memória
Toda matéria é recoberta por uma camada que faz dela, ao mesmo tempo, vestígio e atualização do passado. O trabalho de Alessandra Vaghi
se situa nessa camada alusiva em que os objetos saem de si em contos, fábulas, e tudo é ao mesmo tempo outra coisa. A artista se apropria de objetos e móveis da sua história familiar que mistura com similares garimpados em antiquários. Dispostos no chão de grama como numa sala que é ao mesmo tempo jardim, de suas gavetas saem plantas. O braço e o pé originais de uma cadeira estilo Luiz XV são substituídos por serpenteantes prolongamentos. O passado restaurado é como outra cadeira antiga, coberta de vime do espaldar aos pés: espelho em que o presente se mira e onde o que é mais familiar pode se tornar o mais estranho.
Como um cenário, o décor de rendas, bordados, véus, e detalhes decorativos dourados remetem a contos de fadas. Quadros de estampas aludem a móveis de época e criam, com outros elementos, novos contos. Sobre a grama em que pisamos, as formas orgânicas de mármore branco polido, com sua imaculada pureza natural, contrastam com o ambiente saturado de memórias reais e ficcionais, lembrando objetos rituais, talvez de purificação. Poderíamos tecer os fios dessa história.
Mais do que assemblages narrativas, os sugestivos ambientes, às vezes superpostos, criam uma instalação que se infiltra por todos os sentidos. Do vídeo à planta que brota do assento da cadeira, elementos heterogêneos compõem uma colcha de retalhos multimídia que atinge nossa percepção através das sensações, como as imagens oníricas.
O trabalho pode enfim penetrar nosso organismo sob o efeito sinestésico da fada verde, servida entre paredes e luzes cor de anis. O absinto articula apropriações da história pessoal e da história da arte: Van Gogh pintou la fée verte numa natureza morta; imbuídos de sensualismo simbolista, Rimbaud relacionou as vogais às cores e Baudelaire criou correspondências entre o mundo físico e o metafísico. Nos espaços e tempos tecidos por Alessandra, o mundo se origina das sensações. A série de fotografias de nuvens no andar mais alto é como o céu dessa fábula que quer transformar também aquilo que se passa sobre nossos corpos em seus símbolos.
Fernando Gerheim
Andrea Brown estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro, Brasil. Em 2009 participou do Programa de Residência Artística da École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, Paris, France. Em 2004 recebeu o prêmio Novíssimos do IBEU (Instituto Brasil Estados Unidos) onde realizou sua primeira exposição individual. Desde de 2006 participou de diversas exposição coletivas no Brasil e no exterior, com destaque para: Rio, Saltfineart Gallery, CA. – EUA, 2014 Como Refazer o Mundo, Galeria Luiz Fernando Landeiro, Salvador – Brasil, 2014 Gigantes por su propia naturaleza, IVAM Institut Valencià d?Art Modern – Espanha, 2011 36° Salão de Arte de Ribeirao Preto Nacional Contemporâneo, Ribeirão Preto – Brasil, 2011 Hold up, Galerie de L´Ecole Nationale Supérieure des Beaux-Arts, Paris – França, 2009 Nano Stockolm, Studion 44, Stockolm – Suécia, 2009 A última Casa a última Paisagem, Galeria Matias Brotas, Vitória – Brasil, 2007 30 anos esta noite, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro – Brasil, 2006 Vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil.
Formação
Residência – École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, Paris, França, 2009
Escola de Artes Visuais do Parque Lage – EAV, RJ
Exposição Individual
2006 | Sobre o Nomadismo
Prêmio Novíssimos – Galeria de Arte IBEU (RJ)
Exposições Coletivas
2013
Mais Pintura, Centro Cultural Justiça Federal, RJ
Abertura, Galeria Orlando Lemos , MG
Mirante, Gallery MUV, RJ
ENTRE, Jaime Portas VilaSeca Galeria, RJ
2012
O Cortiço, Espaço Cultural CERPERJ, RJ
Lugar comum, SESC Quitandinha, Petrópolis, RJ
2011
36° SARP – Salão de Arte de Ribeirao Preto Nacional Contemporâneo, Ribeirão Preto – SP
SERRA/SERRA, Sesc Petrópolis, (RJ)
Gigantes por su propia naturaleza, IVAM Institut Valencià d’Art Modern – Espanha
2010
Anuário Embú das Artes, 27° Salão de Artes Plásticas – SP
Diálogos, Galeria de Arte Ibeu, RJ
2009
Hold up, Galerie de L´Ecole Nationale Supérieure des Beaux-Arts, Paris – França
Nano Stockolm, Studion 44 (Stockolm, Suécia)
Um vazio que me pare, Rua Luis de Camões n° 02, RJ
2008
Toque, Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, RJ
Entre-imagens, Galeria Largo das Artes (RJ)
1º Salão de Arte Plásticas de Petrópolis, RJ
2007
A última Casa a última Paisagem, Galeria Matias Brotas, Vitória – ES
Paixão, Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, RJ
IBEU Obras do Acervo,Galeria de Arte Ibeu, RJ
O livro do Artista, Escola de Artes Visuais Parque Lage, RJ
Nanoexposição
Galeria de Arte Espaço Universitário UFES, Vitória – ES
O que é normal? Espaço cultural Contemporânea – ECCO (Brasília)
2005
30 anos esta noite, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, RJ
2004
Novíssimos, Galeria de Arte IBEU, RJ
Prêmiações
2010 | Anuário Embú das Artes 27° Salão de Artes Plásticas Prêmio Escultura
2004 | Novíssimos, Galeria de Arte IBEU, RJ
Antônio Társis – 1995. Artista autodidata, nascido e residente na cidade de Salvador – Bahia, começou a pintar com 16 anos. Aos 18, inicia projetos em outros formatos como: fotografia, pintura em variados suportes, objetos e colagem.
Neto de feirantes, ainda na infância mudou-se para o bairro de Sete Portas, tradicional por seu comércio informal e lojas de material de construção, local onde o artista encontra, em seus trabalhos mais recentes, referências estéticas que dialogam com o contexto histórico da cidade, uma Salvador em eterna transformação.
Aluno da Escola de Arte e Tecnologia OiKabum! – Salvador (2014/2015). Faz parte do grupo de pesquisa resultante da “Oficina de Processos Contemporâneos em Artes Visuais” ministrada pelo o artista visual Caetano Dias. Expôs gravuras No MAM-BA a convite de Zivé Giudice, em exposição paralela à exposicao “40 Anos de Linguagem Contemporânea”, ao lado de artistas baiano de renome nacionais como: Almandrade, Bel Borba, Caetano Dias, Eliezer Bezerra, Sergio Rabnovitz
Foi um dos três premiados do Prêmio Energias na Arte – 5ª Edição (2016). Prêmio de destaque nacional destinado a jovens artistas oferecido pelo Instituto Tomie Ohtake em parceria com o Instituto EDP (Energias de Portugual).
Daniel Vasconcelos Melim (Portugal, 1982) divide a sua prática entre imagens feitas à mão (desenho e pintura), projectos artísticos comunitários e projectos educativos. Vive e trabalha em Lisboa. Formado em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (2006) e em Applied Anthropology and Community and Youth Work (MA) pelo Goldsmiths College (Londres, 2016). Durante o mestrado foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Finalista do Prémio EDP Jovens Novos Artistas 2007, venceu o Prémio Fidelidade Mundial Jovens Pintores em 2011 e foi shortlister do projecto mundial 100 Painters of Tomorrow (Thames & Hudson, 2014). Já desenvolveu projectos artísticos e exposições em Portugal, Espanha, Brasil, Alemanha e Reino Unido. Pedagogicamente, colaborou vários anos com o serviço educativo do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian e com escolas de arte privadas em Lisboa. Interessasse pela dimensões afectivas, históricas, colectivas, políticas, ecológicas e espirituais da criação.
2014/2015 – Mestrado em Applied Anthropology, Community and Youth Work – Goldsmiths College –University of London
2001/2006 – Licenciatura em Artes Plásticas-Pintura – Faculdade de Belas-Artes – Universidade de Lisboa
2005 – Semestre de Licenciatura em Desenho – Bolsa Erasmus – Hogescholl Gent – Bélgica
PRÉMIOS E DISTINÇÕES
2013 – Semi-finalista dos 100 Painters of Tomorrow, projecto da editora Thames and Hudson– (Juri: Kurt Beers, Cecily Brown, Tony Godfrey, Yuko Hasegawa, Suzanne Hudson, Jacky Klein, Gregor Muir, Valeria Napoleone, Barry Schwabsky, Philip Tinari) – Reino Unido
2011- Vencedor Prémio Fidelidade Mundial Jovens Pintores ( Juri: Bruno Pacheco, João Queiroz, Leonor Nazaré, Miguel Lobo Antunes, Miguel Wandschneider) – Portugal
2007- Finalista do Prémio EDP Novos Artistas. (Juri: Delfim Sardo, João Pinharanda, Nuno Crespo) – Portugal
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS
2012 – Pintura – Galeria Nuno Centeno – Porto
2011 – Pintura e Desenho – Galeria Mercedes Viegas – Rio de Janeiro – Brasil – Pintura – Módulo – Centro Difusor de Arte – Lisboa
2009 – Ginguba (pintura) – Módulo – Centro Difusor de Arte e Quase Galeria – Lisboa e Porto
2008 – Amor (pintura) – Módulo – Centro Difusor de Arte – Lisboa
2007 – Desenhos Murais – Fábrica Features – Lisboa
2006 – Por a Casa (pintura) – Módulo – Centro Difusor de Arte – Lisboa
EXPOSIÇÕES COLECTIVAS
2014 – Salão de Pinturas – Galeria Mercedes Viegas – Rio de Janeiro
2013 – Seguindo a Luz Central – Galeria Mercedes Viegas – Rio de Janeiro – Brasil
2012 – O Som (com Cristina Lamas e Joana Escoval) – Museu Nogueira da Silva – Braga
– Presença no Mundo (com Pedro Kogen) – Galeria dos Prazeres – Ilha da Madeira
2011 – Prémio Fidelidade Mundial Jovens Pintores – Chiado 8 – Lisboa
– Porta 187, Espaço JUP – Porto
2010 – Interferências- Mostra Pública de Arte, Espaços do Desenho – Lisboa
– Mono – A Propósito do Grupo GICAPC/CORES, C.A.P.C. – Coimbra
– Colectiva 10 – Galeria Mercedes Viegas – Rio de Janeiro – Brasil
2009 – Coleccionar I : Pintura – Módulo – Centro Difusor de Arte – Lisboa
2008 – Atlas Projecto de Desenho – Fundação Carmona e Costa – Lisboa (cat.)
2007 – Prémio EDP Novos Artistas 2007 – Central do Freixo – Porto (cat.)
2006 – Finalistas de Pintura – Galeria do Palácio Galveias, Salão Nobre do Teatro Aveirense Antiga Capitania de Aveiro, Galeria dos Paços do Concelho, Livraria da Universidade de Aveiro, Cooperativa Árvore – Lisboa, Aveiro e Porto
– Finalistas de Desenho da Faculdade de Belas-Artes – Sociedade Nacional de Belas-Artes
PROJECTOS ARTÍSTICOS
2015 – Imagem do cartaz da Longa-Metragem Montanha, de João Salaviza (vencedor na categoria de Curtas-Metragens da Palma de Ouro do Festival de Cannes 2009 e do Urso de Ouro do Festival de Berlim 2012) – produtora Filmes do Tejo – Lisboa
Arte do CD Encantações de Renata Rosa – Helico Music – França
2013 – Residência artística no Instituto Sacatar. Projecto Obrigado, pintura para a Comunidade – Bahia – Brasil
Kirimuré – teatro de formas animadas (com Caroline Lima Leite) – Festival FESTIT (Ilha de Itaparica) e Galeria Cañizares da UFBA (Salvador) – Bahia – Brasil
2012 – Pintura mural (com Rigo 23 e a comunidade da Ribeira Seca) – Machico – Ilha da Madeira
Tesouros à Procura de Mapas – desenho para pessoas em recuperação (com Rita Tojal) – Cascais e Lisboa
Abertura da Galeria de Arte Ambulante (com Tiago Gandra) – Lisboa
Desenho Mural – Auditório do Oceanário de Lisboa
2010 – Residência Artística Home and Abroad (integrada Triangle Arts Trust, organizada pela Associação Xerém). Projecto de Desenho de autor e participativo – Sintra
2008 – Desenho Mural Atlas Mural nro.1 – Proxecto-Edición 2008 – Pazo da Cultura de Pontevedra – Espanha
2007 – Residência artística de pesquisa de processos de desenho colectivo – Oficinas do Convento – Montemor-o-Novo
Boa Morte
O percurso do artista vem de uma pesquisa profunda sobre a tinta, sua textura, sua interação, sua forma. Em que muitas vezes a própria obra é somente tinta, criando um expressionismo solto, sem suporte, dando assim uma leveza, a forte paleta com as tintas e suas cores. Essa liberdade em que o artista busca, para novas elaborações com a pintura, vem se desdobrar, em figuras, soltas, como objetos flutuando em fundos chapados de azul, como uma manhã sem nuvens, as figuras se posicionam em sua tela como divindades a serem cultuadas, criando assim totens, em seu altar, do qual essas figuras são fontes sincréticas, da confraria religiosa da Irmandade da Boa Morte de Cachoeira, recôncavo na Bahia. Mesmo no processo o artista mantém sua criatividade diante das imagens criadas através de sua pesquisa, mesmo sem abrir mão de suas crenças ancestrais o artista busca fazer a interação, com a sua cultura, através da sua perspectiva, mas com profundo grau analítico, já que os festejos foram trazidos do seu país de origem, Portugal, que veio a ser adaptada a nossa miscigenação cultural. Registrando assim a devoção da comunidade da Nossa Senhora da Boa Morte, passou a ter também um significado social, permitindo a agregação dos escravos, facultando a manutenção de sua religiosidade num ambiente hostil e delimitando um instrumento corporativo de defesa e de valorização do indivíduo, tornando-se, por todas essas razões, um inigualável meio de celebração da vida, em que este questionamento, dialoga com a obra do artista, que tem como elaboração conceitual, questões sociais e de libertação ideológica. O artista foi contemplado com a residência artística na Sacatar, na ilha de Itaparica, na Bahia, podendo assim ter um contato mais próximo com todas essas identidades culturais, desenvolvendo encontros íntimos, profundos, com a comunidade local, em um longo dialogo com o artista, em que todas estas conversas resultam em uma co-criação, em um profundo anseio de cada individuo, sobre os seus desejos, imposições culturais, realizando assim um registro cultural significativo a nossa cultura local e os seus desdobramentos desde sua origem.
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Esse objectos no fundo boiam. Esses objectos coisam, e desobjectam. Ninguém, no fundo, acredita em si. E ninguém se objecta por si mesmo. Tudo vai. Vai para si mesmo, para dentro através do fora. Deixo o país como um casaco a boiar, mas não saio desta ilha de veias, a língua não sai da língua, o meu avô não sai do meu avô e a canção antiga e rouca não sai do som atento. Mas o ser sai do humano. É uma atenção. Coisas acabadas como nascentes, coisas explodescentes. Os nomes frequentemente não têm gente dentro. Com a fome virada do avesso do avesso do avesso, gente inteiramente condenada à maravilha dos seus órgãos, tomo o mundo sintonizado no rádio do som da fome e do sono. Nada está garantido, nem nada acaba a nossa interminabilidade. Flores acesas para o universo brotam do nosso amor. Jamais o luxo nasce da terra, tudo descansa na sua magreza natural. Se as coisas nascem do luxo ninguém amou ferozmente para elas nascerem. A única pintura que pode viver é a que não se acha, a não se encontra, a que tem dúvidas insufláveis por quem a vê. Tudo descansa depois de si mesmo. A verdade está de costas para as palavras, tudo regressa enquanto maravilha inagarrável. Olha-te ao espelho e vê se tens algum nome, se algum nome se agarra a ti sinceramente. Tudo se aquieta e revolve em dentros. Não há ninguém dentro da nossa ideia de estarmos separados do mundo, ninguém é esta flutuação de máscaras e histórias acabando e recomeçando intermitentemente dentro e fora de nós. Todos os títulos das pinturas caem no fim do nome do chão. Alguma coisa luminosa acorda num encontro sincero e nu que quebra o tempo das formas. É uma atenção. Benvindo ao seu corpo, benvindo aos seus olhos, benvindo a não saber e a ser inteiro apenas durante uma flor. Abensonhadamente.
São objetos que flutuam nos fundos azuis. Esses objetos fazem, e deixam de serem objetos. Como uma forma, em que ninguém no fundo, acredita. NInguem se objeta por si mesmo
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Nascido em 09 de abril de 1981 em Feira de Santana Bahia
Vive e trabalha em Salvador.
Artista Visual oriundo das oficinas de arte do museu de arte da Bahia MAM, graduando em Filosofia e Historia pela Universidade Católica do Salvador. Trabalha com múltiplos suportes, como pintura, fotografia, desenho, gravura e instalação. Tendo, participado de diversas exposições coletivas e salões, Tanto em salvador como no interior da Bahia e outras cidades Brasileiras.
Formação:
– Oriundo das oficinas de arte do MAM – Entre 1997 e 2005
– Graduando em Filosofia e Historia pela Universidade Católica do Salvador UCSAL
Exposições Coletivas:
2016 ArtConceito 524 luas lançamento do livro Almanaque de artistas – Galeria Paulo Darzé -Salvador BA
2015 ArtConceito 524 luas – Espaço Xiss – Salvador BA
2014 Como Refazer o Mundo – Galeria Luiz Fernando Landeiro – Salvador BA
2013 Os Albatrozes Imóveis no Ar – Galeria ACBEU – Salvador BA
2012 Circuito das Artes – Galeria ACBEU – Salvador BA
2010 X BIENAL DO RECONCAVO – Centro Cultural Dannemman – São Felix – BA
2010 Salão Regional – Espaço Cultural Camilo de Jesus Lima – Vitória da Conquista BA
2010 Salão Regional Jequié – Espaço Cultural – Jequié BA
2010 Circuito das Artes – Galeria do ICBA – Salvador BA
2010 XV SINAI Salão Nacional de Itajaí – Itajaí SC
2010 Salão Regional de Feira de Santana – Espaço Cultural Amélia Amorim – Feira de Santana BA
2010 ARTCONCEITO 5 – Galeria ACBEU – Salvador BA
2010 Exposição dos Premiados nos Salões Regionais 2009 – Centro Cultural Solar Ferrão – Salvador BA
2009 Desenho Novo – Galeria ACBEU – Salvador BA
2009 Salão Regional 2009 – Espaço Cultural João Gilberto – Juazeiro BA
2009 Salão Regional 2009 – Espaço Cultural Olívia Barradas – Valença BA
2009 Circuito das Artes (Grupo Artconceito) Museu Carlos Costa Pinto – Salvador BA
2008 IX BIENAL DO RECONCAVO – Centro Cultural Dannemman – São Felix – BA
2008 Salão Regional 2008 – Espaço Cultural Camilo de Jesus Lima – Vitória da Conquista BA
2008 ARTCONCEITO 4 – Galeria ACBEU – Salvador BA
2007 Circuito das Artes – ICBA – Salvador BA
2007 BA SE – Galeria Espaço Cultural Yázigi – Aracaju SE
2006 ARTCONCEITO 3 – Galeria Solar do Ferrão – Salvador BA
2006 4 x 40 – Galeria Arte Concreta – Salvador BA
2006 ARTCONCEITO 2 – Galeria ACBEU – Salvador – BA
2005 ART FOR TODAY (corredor das artes) – ICBA – Salvador BA
2005 SIGNURBAN – BRASTROPC – Aliança Francesa – Salvador – BA
2005 ARTCONCEITO – Galeria ACBEU – Salvador – BA
2005 SSA 456 (Um olhar contemporâneo sobre Salvador) – Galeria da Cidade Salvador – BA
2004 ART FOR SALE – Galeria ACBEU – Salvador – BA
2004 VII BIENAL DO RECONCAVO – Centro Cultural Dannemman – São Felix – BA
2004 Exposição conjunta ao ateliê de coreógrafos do Brasil – Foyer do TCA – Salvador BA
2003 Projeto talento Graça – Salvador BA
2003 Destaque 2002 Oficinas do Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM – Salvador BA
2002 Artistas Plásticos Baianos – FAOP – Ouro Preto MG
2002 Exposição Dez X Dois – Galeria Pierre Verger – Salvador BA
2000 Exposição didática do curso de extensão da EBA – Museu de Arte Sacra – Salvador BA
Prêmios:
2010 X Bienal do Recôncavo – Menção Especial – São Felix – BA
2010 Salão Regional de Jequié – Fundação Cultural do Estado da Bahia – Jequié BA
2009 Salão Regional de Valença – Menção Especial – Valença BA
2004 VII Bienal do Recôncavo – Premio Aquisição – São Felix – BA
Obras em Acervo:
Centro Cultural Dannemman – São Felix – BA
Instituto do Patrimônio Artístico Cultural do Estado da Bahia IPAC – Salvador BA
Associação Cultural Brasil Estados Unidos ACBEU – Salvador BA
Obras publicadas:
Livro: artconceito (524 Luas) – Editora: P55 Edição
Eliezer Bezerra, por sua vez, coloca-nos diante do desconcerto e da inquietação. Seu trabalho é, certamente, notável em sua capacidade conceitual. Suas paisagens em devir valorizam o detalhe em oposição às dimensões imponentes do cenário que se apresenta – seu deslocamento é sempre em função de traços, rastros e pequenas referências que apontam para o por vir (devir-imperceptível). A referência à pintura intensifica as questões de sua fotografia, tornando-a hibrida e, consequentemente, valorizando-a formalmente.
Laio Bispo
O pesar profundo das paisagens: ou o que pode a memória em fluxo produzir
Percebe-se nos trabalhos de Eliezer Bezerra fluxos de pesares intensos, frutos de incessantes movimentos subjetivos que não se aglutinam, mas que, em primeiro lugar, rendem-se, de maneira aberta e espontânea, à memória. Assim, enquanto movimento e busca, insurgem espaços-corpos íntimos que se manifestam intempestivamente em co-relação com as possibilidades, produzindo, com isso, paisagens que, por certos desvios, encontra-se em consonância com o devir. Por tanto, se vê que em seu trabalho “o espírito respira para fora do espírito.” (Artaud) de tal maneira que a insuficiência artístico-expressiva, típica dos resíduos repetitivos contemporâneos, não afeta e não se faz presente na obra do artista.
O esmero processual e a relação apreciativa estabelecida no desenvolvimento de seus trabalhos conduzem e identificam uma viceralidade que não se deixa abater pelo deslumbre, mas que se deixa conduzir pelo delírio do estar só e ser muitos. Os suportes, nesse sentido, expressam essa dimensão da inquietude. Nesse movimento, que estabelece no ato criativo, torna-se necessário ao artista uma atitude filosófica, uma epoché, uma suspensão não exaustiva, mas estratégica, que consegue reunir características que apontam para uma solução expressiva que da à obra um caráter material condizente com a proposta conceitual e artística em questão. Assim, portanto, os suportes utilizados pelo artista advêm de uma necessidade interior à própria obra. Pintura, fotografia ou instalação apresentam-se como suportes desinteressados com/quanto à forma bem como os critérios técnicos que não se rendem aos espalhafatos acadêmicos.
De maneira geral, o que se pode atestar sobre o sintomático trabalho de Eliezer Bezerra é a sua relação com o movimento permanente, expresso em suas paisagens, um fluxo irredutível da memória que vagueia entre as suspensões de objetos diversos, e muros; muros incólumes livres dos pesares forçados e das expressões fetichistas. Em suma, um trabalho cartográfico que faz o múltiplo com força de sobriedade estética.
Laio Bispo
Texto retirado do livro: Artconceito (524 luas)
Os trabalhos de Eliezer Bezerra, presentes na exposição “ArtConceito 524 luas”, estão alocados em vários pontos da casa – em contraste com os de Marco Antonio e de André Lima, concentrados, cada qual, em um cômodo íntimo. Isso não implica que não haja neles, fortemente, o caráter afetivo da memória e do tempo, assim como nítida vinculação com sua subjetividade e devir. O artista, que cursou filosofia, certamente tem familiaridade com os conceitos elaborados por pensadores como Heráclito, Nietzsche, Bergson, Deleuze e Guattari. Se, como para os dois últimos filósofos citados, devir é processo do desejo, ter acesso à sua poética passa por intuir a dinâmica de seu desejo, encarado como algo com turbulências e flutuações.
Artista com obra diversificada, lutador que pratica apaixonadamente jiu-jítsu brasileiro, menino grande e sorridente, que brinca de ser “dragão fofinho” – o que lembra o “Bicho do Tomba”, aparição quase mítica, que vaga pelas noites bizarras de Feira de Santana, onde nasceu – e, filho de uma musicista, ouvinte experto de interpretações musicais – que vão da internacional banda de metal mineira Sepultura ao ícone “brega” Waldick Soriano –, Eliezer demonstra inquietudes não somente estéticas. Uma vontade de estranhamento percorre todas as suas obras. Ao longo do processo curatorial, em nossos muitos traslados pela cidade, para conversas com os artistas e visitas ao local da exposição, ele foi presença constante e pudemos nos surpreender com as múltiplas articulações de seus desejos.
Compartilhamos com o artista uma memória que guarda poeiras de estradas em pueris reminiscências de passagens e ausências. Para quem nasceu em uma cidade do interior, e de lá partiu cedo, situação comum a ele e a nós, curadores – um feirense, como Eliezer, e outra mineira –, há uma espécie de torção das artérias do tempo, que estanca o afluxo de memórias, as quais se tornam, em parte, perdidas ou inventadas. Em algum nível, todos nós elaboramos uma distorção e invenção de nossas lembranças. Os processos de imaginação e de esquecimento são partes constituintes do ato de lembrar, estão atrelados à memória em tênues limites entre o construído e o real. Nas fotos de paisagens de Eliezer – projetadas na parede, como cabeceira de cama –, percebe-se o fluxo de imagens da memória do trânsito entre Feira de Santana, cidade que deixou ainda menino, e Salvador, cidade onde, adulto, mora. Paisagens reais e sonhadas misturam-se e diluem-se nesta cabeceira onírica, em múltiplas exposições. Na arte, exprimir o desejo passa, talvez, por uma tentativa poética de, por meio de imagens móveis, introduzir o devir, com toda a complexidade bergsoniana do tempo.
As viagens recorrentes, entre sua cidade natal e a cidade em que vive, parecem sempre repletas de desmemórias, trânsito que não se completa por sempre perecer em caminhos abertos, em vias que vislumbram outras direções. Como registro possível, restam imagens de casas nunca visitadas e que têm apenas memórias supostas. Essa viagem, a do artista, é um eterno devir, um futuro do pretérito mais que imperfeito. Esse tempo condicional, que denota desejo, está em suas obras. A cabeceira do leito são imagens/torpor que convidam cada um a fechar os olhos e imaginá-las em sua própria viagem. Cama e paisagem em trânsito situam-se em um umbral, abertas à poesia e ao sonho, às margens da memória, não importando se remetem a uma lembrança de algo que não estará lá, quando lá chegarmos, ou ao lugar que habitamos em nós quando permeados por essa geografia de afetos.
Essa geografia curva afeta e modifica fronteiras para o indefinido. Parece ser objeto de pesquisa do artista, o mensurar fronteiras imprecisas, esses limiares torcidos que não guardam distâncias e diluem-se em apagamentos, coisas da transitoriedade tão afeita ao nosso tempo. Talvez uma tentativa de enfrentar a angústia e o desejo de retorno, que se manifesta, também, em suas gravuras. Fotografias coladas no muro dos fundos, no acolhimento do quintal, entre camadas e limbos, evidenciam igualmente fronteiras entrelaçadas e novas torções do espaço. O muro, que guarda o interior, ganha quase janelas que, transparentes, abrem-se para o mundo, entretanto, estão embaçadas. Extra ou intramuros se interpenetram em enigmática paisagem.
Assim parecem ser as viagens de Eliezer por essa geografia interior. Seu processo, por vezes, leva ao mergulho em si ou a voos do corpo que pode cair e, transitoriamente, perder a consciência de onde está. Em uma lua calendário da mostra, será traçado um círculo onde se dará uma luta/performance artística, cujo objetivo é possibilitar uma curva de lapso. No jiu-jítsu há golpes de controle e de submissão. Na versão brasileira, no chão, com as técnicas de estrangulamento e pressão sobre articulações, é possível submeter o adversário levando-o a desistir da competição, a desmaiar ou a romper uma articulação. O lutador explicita que, nesta arte marcial, sempre preferiu o estrangulamento às torções de articulação, por ter mais prazer em ver o tempo das reações do adversário, suas tentativas de defesa, seus desfalecimentos a uma articulação torcida. Via jiu-jítsu, nos saltos ao vazio da alma estrangulada, em luta disputada sobre mapas rasgados e sem bússolas, o artista parece ser compelido a retornar continuamente às suas marginações rompidas. As artes de Eliezer tratam dos estranhamentos tão necessários à poética. Com suas torções e estrangulamentos, constituem a torção do ser.
Ousadamente, podemos aventurar um paralelo entre Yves Klein, artista francês internacionalmente conhecido, e o baiano Eliezer Bezerra. A comparação é difícil, porém pertinente, suscitada por elucubração de demandas poéticas no processo do artista. Yves Klein, além de criador do International Klein Blue, era mestre em artes marciais e elaborou a famosa fotomontagem “Salto no vazio”, imagem de seu corpo em voo em direção ao vazio, com a qual Klein aludia à estupidez das expedições lunares norte-americanas. São questões que nos interessam como entrada na obra de Eliezer. Evidentemente, a distância que deve ser guardada entre um dos precursores da arte contemporânea e o nosso artista é grande, por vários motivos, quer seja pelo momento histórico, quer por um lutar judô e o outro jiu-jítsu, quer por suas histórias de vida. Enquanto Klein vem do pós-guerra, Bezerra vive o dia-a-dia na terra de Macunaíma. Klein foi um dos fundadores do Novo Realismo e um dos pioneiros no desenvolvimento da performance, enquanto Eliezer vive um cenário cultural adverso em um estado que engatinha na política cultural. São discrepâncias naturais aos momentos históricos respectivos.
Mas, interessa aqui, a natureza do corpo e suas possibilidades de mergulho. O jiu-jítsu para Eliezer talvez seja como foi o judô para Klein em seu salto suave na arte. Emprestando a metáfora da arrogância contida na fotografia de Klein, podemos nos reportar à nossa realidade estúpida de violência disseminada que, de certa forma, Eliezer materializa no limítrofe apagamento de si e de sua autoimagem, nas suas ausências, nas tentativas de retorno, no estrangulamento de um golpe amigo. A iminência do êxtase – no sentido original, grego, deslocar, sair de si – cada um vive como prefere ou pode. É talvez do prazer no extremo do enforcamento que as mandrágoras vinguem por aí em voos e mergulhos cegos.
Klein criou o vibrante IKB 63471 e Eliezer, por sua vez, cores só visíveis no desfalecimento. Nas suas fotos não há o azul idealizado de Klein e sim um resto de céu impreciso com cores potentemente indefinidas. É o céu possível no trânsito entre a possibilidade de uma lembrança ou outra, onde a cor é o que menos interessa, pois nos apagamentos não restam cores, somente borrões de paisagens sem pertencimento. Cores imprecisas para contínuos retornos ambíguos. Talvez, o azul nas fotos seja oxidado e sem volta. Poderíamos relacionar o azul desfalecido do céu ou as torções entre lugares com sendo seu “salto no vazio”, vivenciado no golpe final pelo performer e artista marcial. Enquanto o salto de Klein pode remeter a uma possível simulação do retorno, em Eliezer, o “salto” entorpecido de delírio encontra-se na movediça fronteira que tangencia o limite de si, está relacionado à flor mítica dos enforcados.
O clímax das cores não permitidas, o salto para uma “Zona de Sensibilidade Pictórica Imaterial” só, possivelmente, é atingido no golpe de estrangulamento, que pode fazer cessar o tempo e suas perturbadoras reminiscências – de uma vivência semipermanente, de uma casa que sempre se busca e na qual nunca se chega, ou de um lugar [não] desejado em que, mesmo pulando o muro, só se vislumbra o nada. O estrangulamento do tempo, e de outras coisas mais, é o que vivemos nos dias atuais, a pausa é rara. Fazer cessar o tempo, mesmo que brevemente, parece ter uma urgência a cada instante. Na obra aérea de Klein, o tempo parece em suspensão e na performance de Bezerra, de fato, por um instante, o tempo pode cessar. O “enigmático” aqui é o suspiro de realidade entre vida e morte e o filme que passa neste instante do artista e de quem assiste à sua luta com o tempo. Na luta corpo-a-corpo com o tempo, os sentidos se esgotam, não sabemos mais da intensidade do azul, tudo se esvai para dar novo sentido, não para tonalizar o azul, mas para o eterno retorno às buscas entre um ponto de fuga e a fuga de um ponto.
Cláudia Pôssa e Caetano Dias
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Sobre minha arte.
Meu corpo é feminino e negro, onde a arte é uma gestação de ideais, conflitos e questionamentos, que a medida que eu vou evoluindo no meu contexto social, eu vou parindo e relatando aos outros o que se passa dentro de mim. Eu sou o canal revelador que processa produtos e personagens de um universo imaginário, repleto de signos e símbolos do universo cultural afro brasileiro. Eu utilizo textos, cenas rituais, e práticas culturais como fonte de inspiração.
Gosto de pensar que eu escrevo sobre papel porem, na terceira dimensão, e por isso as minhas obras são repletas de sentimentos, relatos e memorias em forma de mascaras, objetos, pinturas, colagens e tecelagem. Eu amasso, corto, pinto, bordo, teço, desmancho, colo, esculpo, prenso e costuro até chegar a forma desejada. Na pintura procuro reproduzir características das artes rupestres com texturas arenosas e calcificadas, coladas sobre o papel e tecidos, buscando novas formas de narrativas.
Persigo também a ideia de poder reaproveitar fragmentos de meu cotidiano, sucatas de afazeres e consumo doméstico, para dar vida e cor as minhas personagens. Alguns elementos reproduzem uma espécie de arquivo de símbolos que localizam meu momento atual, deixam pistas para compreensão de onde eu observo as cenas, de que tempo, espaço e momento eu me encontro.
Minha formação perpassa por processos artísticos em grupos de teatro, dança, e vivencias em coletivos de artistas na Europa e na Bahia onde vivo atualmente. Sou atriz especialista em Teatro de Mascaras e Pantomima, formada pela Escola Superior de Artes de Berlim – Alemanha e Mestra em Gestão Cultural pela Universidade da Basileia – Suíça.
Eva de Souza
Eva Silva de Souza Trochlser
Nascida em 5 de agosto de 1965 Salvador Bahia
1991-1994 Escola Superior de Artes de Berlim Alemanha . Formação em Pantomima e Interpretação Teatral. Revalidação pela Universidade Federal da Bahia em 2001.
1995 Prêmio da cidade de Berlim para o projeto de performance- Bumba meu Boi, com 150 participantes no carnaval das culturas de Berlin.
1996 Atuou como atriz para emissora de televisão RTL no filme “Zorc – Um Homem sem fronteiras”, no papel de Serena. Outras atuações como atriz em grupos profissionais de teatro como Bombom Rapid direção Carmen Luna – Espanha; Mimi Crime de diversos diretores alemães e na Companhia de Niksa Eterovic; Todas as atuações em Berlim.
Retornou a Bahia em Janeiro 1997, permanecendo em atividades esporádicas na Alemanha.
1997 Professora da Escola profissionalizante de músicos de rua „Pracatum“ Candeal. Salvador.
1999 Direção artística da „Casa das Máscaras“ Empresa cultural e centro de formação artístico pedagógico para jovens em Salvador . Produziu performances de mascarados no carnaval do Pelourinho- centro Histórico de Salvador e em festas populares de cidades vizinhas.
2000 Exposição “Quem tem medo de Careta” com máscaras de sua autoria na Galeria Solar do Ferrão do IPAC- Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia.
2001 Exposição individual no Projeto Brasil 500 anos „Heimatklänge – Tempodroom“, Berlim.
2002 Exposição e produção do projeto de exposição „Mascaras da Bahia até Berlim „ Museu da criança e do adolescente de Berlim.
Atuou na Companhia de Teatro Carlos Medina, diretor Chileno residente em Berlim na Performance Exotopia, com apresentações em Berlim, Amsterdam e Bruxelas.
2003 Exposição individual „Amuleto“ na Galeria da mineradora Kraftwerk Schwarze Pumpe em Spremberg.
Alemanha.
2004 Exposição coletiva “ Designe e Sucata” na empresa DRT – Desmontagem e Reciclagem de aparelhos domésticos em Viena . Áustria.
Permanência na Suíça de 2005 a 2010
2005 – 2006 Cantora na Peça Musical “Show Boat” Teatro municipal da cidade de Berna. Suíça. 2007 – 2008 Mestrado em Gestão Cultural na Universidade da Basiléia. Suíça. Titulo: “MAS of Art Management”.
2007 – Especialização em Mediação e Moderação em contextos interculturais e inter- religiosos na Escola Superior de trabalho Social. Berna. Suíça.
2008 – Profissional autônoma em Arte Educação em projetos e escolas públicas da Suíça. Produtos destes são filme, performance e exposições. Veiculado ao Escritório de Cooperação internacional. ArtLink.
2008 Exposição individual „Amuletos e Máscaras“ na galeria do centro de integração de estrangeiros UNION.
Basiléia. Suíça.
2009 Exposição coletiva na Galeria Katapult Basíleia. Suíça. 2010 Exposição coletiva na galeria Peripherie Berna. Suíça.
Retorno a Bahia
Profissional autônoma produção artística.
2011 Exposição individual Mascaras e Mitos no Centro de Cultura Kulturmühle Lützelflüh – Suíça.
2012 Exposição Mascaras Mitos Populares I – Museu Casa do Benin. Centro Histórico de Salvador. 2015 Exposição Mascaras Mitos Populares II – na Associação Protetora dos Desvalidos. Centro Histórico de Salvador.
2016 Inicio da representação pela Galeria Luiz Fernando Landeiro – Salvador.
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Evandro Soares Reis nascido em 1979, em Largo de Piritiba e se considera morrense já que aqui viveu desde os dois anos de idade. E Morro do Chapéu estudou, jogou futebol, passou por Juventude, Jacuípe, Campinense, União Morrense entre outros (começou na escolinha do professor Jau), participou de grupos da Igreja e aprendeu a profissão de serralheiro. Morou em M. do Chapéu até o ano de 1999, recebendo o convite da irmã foi morar em Goiânia e lá continuou trabalhando como serralheiro, mesmo oficio que desempenhava quando estava em sua terra natal.
Com o trabalho com o ferro, intuitivamente começou a criar formas artísticas usando soldas, martelos e serras, aproveitando muitas vezes o que seria desprezado, começou a fazer ARTE.
Desde a chegada em Goiânia foi conciliando o trabalho de serralheiro com as criações artísticas, e com o passar do tempo foi se destacando no cenário artístico local e regional.
Com o reconhecimento acontecendo, hoje o já artista Evandro Soares se dedica em tempo integral a criação de formas e esculturas.
Exposições e Prêmios
2012 – 11ª Edição da Bienal Naifs do Brasil
2012 – 18º Salão Anapolino de Arte
2012 – Individual Encontro e Desencontro no Palácio da Cultura
2010 – Circuito Internacional Criadores do Brasil
2009 – Museu de Arte de Britânia-GO
2004 – Concurso novos valores da Fundação Jaime Câmera
2001 – Concurso SESI Arte e Criatividade Escultura Tridimensional 1º lugar
2000 – Concurso SESI Arte e Criatividade Pinturas Abstratas
Os trabalhos de Evandro ocupam um espaço limítrofe entre o desenho e a escultura, problematizando as possibilidades de cada modalidade, a partir de suas estruturas concretas. O repertório formal de suas obras, Evandro encontro no cotidiano de seu ofício: são escadas, grades e outras estruturas que habitam nossas casas. Mas o uso que o artista faz desses elementos alcançam problemas de ordem mais geral da arte. A noção contida nessas obras a respeito do Desenho percorre um arco que vai desde o projeto até a apresentação gráfica do conceito. E há, na apresentação desses desenho/esculturas, uma oscilação entre a apresentação e a representação que nos joga num labirinto de leituras que só o objeto de arte, com seu campo de paradoxos, possibilita
- Fernando Lindote
Artista Plástico, autodidata, pintando há mais de 35 anos. Iniciou ainda na escola de ensino fundamental, com seus primeiros desenhos hiper-realistas. Vivendo no meio rural, em Texeira de Freitas, sul da Bahia, a ausência de uma escola de pintura lhe forçou desenvolver e aprender suas técnicas em casa através de retratos e estudos de vida em madeira e tecido. Realizou sua primeira exposição em 1995, na Universidade do Estado da Bahia, em Texeira de Freitas, e a partir do 2000 passou a viajar e analisar técnicas de hiper realismo, chegando as técnicas do esfumato e da veladura do renascimento.
Além das pesquisas técnicas, Irley Leal passou a se pesquisar através de pinturas de retratos de outros, suas texturas, luzes e composição da vida cotidiana. Nos últimos 15 anos, foi desenvolvendo um processo auto-reflexivo sobre sua identidade afro-descendente e rural bahiana e seu processo libertador enquanto portador de necessidades especiais (aos 14 meses teve poliomielite, também conhecida como paralisia infantil), onde sua linguagem artística gerou obras de arte e auto-reconhecimento, auto-cicatrização e auto-liberação.
Cada camada de tinta representa algo: tem camadas de amizada, desejo, superação… A arte é tudo para mim. Fico imaginando o que seria de mim sem a arte em minha vida. Ela é as minhas pernas, vamos dizer assim, de uma forma figurada, literal… eu ando com as mãos, né? Porque eu ando de muletas e o que eu faço com as mãos termina rodando o mundo. São fragmentos de mim.
(Entrevista concedida pelo artista ao Jornal Diário do Pará, Caderno 4 da Revista Diário, 18/07/2010)
1996-99 Retratista e muralista principal do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), nível nacional
1998 Leal recebe o prêmio “Luta pela terra”, do MST.
2004-10 Pesquisa estética e produção artística para 10 retratos de mulheres invisíveis para criar a serie Através dos Outros.
2004 Ilha de Itaparica, na exposição coletiva ‘Paijazes do Brazil II’, Galeria La Gioconda, Guadalajara, México.
2006 Moça de outdoor, na exposição coletiva, Galeria de Casa do Brasil, Madrid, Espanha, no Circuito Internacional de Artes.
2007 Primeiros quatro retratos experimentais de Através dos Outros, expostos no Salão Arte Mosaico, Encontro Nacional da Rede Brasileira de Arteducadores, Juiz de Fora, Minas Gerais.
2006 Publicação de “Praia de Itaparica”, Anuário de Artes Plásticas, Volume V
2007 Leal inicia pesquisa em Veladura, técnica clássica do Renascimento. Repinta os 5 retratos existentes de Através dos Outros com esta nova técnica.
2010 Exposição solo, Através dos Outros, Neuberg Art Gallery, Hong Kong.
2010 Exposição solo, Através dos Outros, Festival Mundial de Artes, Galeria Theodoro Braga, no Centro Integrado de Cultura do Pará (CENTUR), IDEA
2010, Congresso Mundial de Artes Educação
2010 Exposição solo de Através dos Outros, 2ª Conferencia Mundial sobre Artes Educação da UNESCO, Seul, Coréia do Sul.
2012 Exposição solo de Através dos Outros, Arte Café, Capão de Canoa, RS
2012 Exposição solo de Através dos Outros, Galeria do Comitê Latino-Americano, Porto Alegre, RS
Cada uma das telas pintadas pelo artista plástico baiano carrega em si uma parte da trajetória de vida dele, que ainda sonha em pintar sua musa, que como ele mesmo diz: “deve morar em algum lugar do mundo em que eu ainda não cheguei”.
Talvez seja só o dom, talvez seja o resultado de tudo que ele já viveu e continua a viver. O fato é que sua obra tem uma verdade inquietante. A perfeição de cada traço, a sensação incômoda de saber que seus olhos estão sendo enganados, de saber que aquilo é tinta e não fotografia. A redenção de deleitar-se diante da sublime capacidade humana. O trabalho de Irley é assim, nenhum adjetivo é capaz de descrevê-lo com exatidão. O jeito é se render, conhecer e apreciar.
Michelle Ribeiro, jornalista, Bahia
2011
-
O GIA (Grupo de Interferência Ambiental) é um grupo formado por artistas visuais, designers, arte-educadores e músicos que têm em comum, além da amizade, uma admiração pelas linguagens artísticas contemporâneas e sua pluralidade, mais especificamente àquelas relacionadas à arte e ao espaço público. Pode-se dizer que as práticas do grupo beberam na fonte da Arte Conceitual, em que o estatuto da obra de arte é negado, em favor do processo e, muitas vezes, da ação efêmera. O GIA costuma eleger diferentes espaços da cidade – sejam eles públicos ou privados – para atuar, gerando questionamentos acerca da problemática que permeia esses espaços e a cidade como um todo. É no cerne da simbiose entre espaço público urbano epolítico que opera o GIA: buscando, através das suas ações/intervenções, fazer os citadinos interagirem com seu entorno e refletirem sobre as questões que o permeiam, utilizando como dispositivo a arte e suas linguagens contemporâneas hibridizadas. Dentro desse hibridismo, podemos destacar a precariedade e a aleatoriedade como sendo algumas das principais características das suas intervenções artísticas.
GIA é arte!
“Diga conosco: GI-A”… a apropriação do célebre trabalho de Anna Bella Geiger é identificada de imediato. Porém, o que poderia ser uma simples transgressão do original “BU-RO-CRA-CIA” pelo “GI-A” advém de um ato político: a burocracia apenas soletrada nos anos 70 deu lugar à democracia de ação, interferência e questionamento que, poderia se dizer, caracteriza o incipiente século XXI no Brasil. Simbolicamente, o contexto repressivo da obra de Geiger foi vencido (felizmente!) pelo contexto democrático do GIA. Mas estamos longe, muito longe, de um Brasil justo… e a série “Quanto Corrupção”, mediante cartazes populares, escancara os abusos inomináveis do poder em várias esferas… sintomaticamente amparados pela burocracia soletrada nos anos 70! Se a sequência cronológica dos escândalos desde 2002 (quando o grupo começou a agir) parece reforçar a crônica desgraça dessa democracia frágil amparada pela certeza de impunidade, é possível que a série “Acredite nas suas ações” oferece um caminho imediato de revolta contra a impotência cidadã. E, nessa perspectiva, o que era um pequeno panfleto descartável agora redimensionado como cartaz, advém, novamente, de um ato político crucial nesses tempos de apatia sistemática, omissão confortável e desinformação manipulada. O cartaz é um objeto que merece destaque porque conclama à iniciativa individual – uma lógica de guerrilha: acredite nas suas ações porque essas, talvez, possam ser as formas de implodir a lógica viciada que vem de cima.
O GIA é um coletivo artístico que age no contexto social, político, cultural e econômico onde vive, através de ações que compreendem objetos e registros diversos. É difícil olhar para essa produção artística desde as categorias de obras que se vêm na maioria das galerias de arte. Não cria objetos contemplativos; não discute conceitos como exercício retórico; não constrói situações roteirizadas; não propõe virtuosismos técnicos. Antes de tudo, o GIA promove reflexão e crítica sobre o que está aí, sobre a realidade corriqueira, sobre o nosso tempo. Denuncia os absurdos com as armas da ironia – sem deboche; desmonta o autoritarismo mediante a irreverência – não o desrespeito; desafia a estupidez opondo sagacidade – nunca o ridículo.
Relevando que a maioria das ações do grupo é realizada em espaço público, a mostra nesta galeria pode ser lida como transgressão da fronteira entre público e privado e como invasão do sentido de coletividade desatrelada da ideia de exclusividade. A exposição redimensiona a experiência do “QG” e do “Samba GIA”, dentre as várias instâncias espaciais promovidas desde sua origem, não só pelos registros e objetos que aqui se apresentam, mas com a matéria essencial do grupo: a (con)vivência, proposta mediante a instalação da “Cozinha GIA” no andar superior da Galeria. Também um grande “Caramujo” reconfigura o “cubo-branco” com essa imprevisibilidade de acontecimento e essa possibilidade de ocupação que caracteriza os vários caramujos que o grupo instalou em diferentes momentos e lugares, dentro e fora do Brasil.
Assim, esta exposição contém uma vasta trajetória de mais de doze anos ininterruptos de ações diversas do GIA através de cartazes, vídeos, fotos e alguns dos objetos usados nos trabalhos do grupo. Não é uma exposição do convencional e do consensual, mas uma defesa do ético como dimensão estética.
- Alejandra Muñoz
Helô Sanvoy natural de Goiânia-GO. É graduando em Artes Visuais licenciatura pela FAV/UFG. Membro do Grupo EmpreZa (coletivo de artistas dedicado ao estudo e apresentações de Performance) e Membro do Grupo Desenha ( coletivo de artistas dedicados aos pensamentos e práticas acerca do desenho e das possibilidades de ramificações deste em campos de atuação diversos)
PRÊMIOS:
2014
O Cânone Pobre – Uma Arqueologia da Precariedade na Arte, Museu de Arte do Rio Grande do Sul/MARGS – Porto Alegre – RS
2012
18º SALÃO ANAPOLINO DE ARTES, prêmio aquisição – Galeria Antônio Sibasolly – Anápolis – GO.
11º SALÃO NACIONAL DE ARTES DE JATAÍ, menção honrosa – MAC – Jataí – GO.
ARTE PARÁ – (Grupo EmpreZa), prêmio aquisição – Grande Prêmio – Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP).
PRÊMIO JOVEM ARTE DE MATO GROSSO – (Grupo EmpreZa), prêmio aquisição Palácio da Instrução – Pavilhão das Artes.
2011
7° SALÃO DE ARTES PLÁSTICAS DE SUZANO, prêmio aquisição – Suzano – SP.
20º CONCURSO SESI ARTE CRIATIVIDADE, SESI – Goiânia – GO.
EXPOSIÇÕES COLETIVAS
2013
13° SALÃO NACIONAL DE ARTES DE ITAJAÍ, Casa Konder – Itajaí – SC.
12º SALÃO NACIONAL DE ARTES DE JATAÍ, menção honrosa – MAC – Jataí – GO.
DIÁLOGO DESENHO, Museu Universitário de Arte MUNA. Uberlândia – MG.
DIÁLOGO DESENHO, Museu de Arte Contemporânea de Jataí – Jataí – GO.
2012
21º ENCONTRO DE ARTES PLÁSTICAS DE ATIBAIA – Centro de Convenções Victor Brecheret. –Atibaia -SP.
SALÃO DE ARTES DE MATO GROSSO DO SUL – MARCO Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul – Campo Grande – MS.
BIENAL UNIVERSITÁRIA DE ARTE – BIENAL 1 – Espaço 104 – Belo Horizonte – MG
DIALETOS – MARCO Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul – Campo Grande – MS.
DIALETOS – Galeria de Arte Frei Confaloni – Goiânia – GO.
DIALETOS – Galeria Antônio Sibasolly – Anápolis – GO.
2011
41º SALÃO DE ARTES NOVÍSSIMOS – Galeria IBEU – Rio de Janeiro – RJ.
39º SALÃO DE ARTE CONTEMPORÂNEA LUIZ SACILOTTO – Casa do Olhar – Santo André – SP.
CORPO SELVAGEM, MOSTRA CAOS E EFEITO (Grupo EmpreZa) – Itaú Cultural – São Paulo – SP.
17º SALÃO ANAPOLINO DE ARTE – Galeria Antônio Sibasolly – Anápolis – GO.
DESVENDA, INTERCÂMBIO DE ARTE CONTEMPORÂNEA – Museu da República – Brasília – DF.
FAV NOVA Inacabada – Galeria da Faculdade de Artes Visuais – Goiânia – GO.
EU E OUTROS EUS POSSÍVEIS: POÉTICA EM CONSTRUÇÃO – Galeria Antônio Sibasolly – Anápolis – GO.
EU E OUTROS EUS POSSÍVEIS: POÉTICA EM CONSTRUÇÃO – Galeria Ido Finotti – Uberlândia – MG.
EU E OUTROS EUS POSSÍVEIS: POÉTICA EM CONSTRUÇÃO – MAC – Jataí – GO.
2010
2° SALÃO UNIVERSITÁRIO, PRÊMIO ESPAÇO PILOTO DE ARTE CONTEMPORÂNEA – Galeria Espaço Piloto. Brasília – DF.
DESCOBERTAS – Catedral das Artes – Instituto Cultural Noé Luis da Mota – Goiânia – GO.
RESIDÊNCIA
2013 – ÁGUA NO FEIJÃO, Salvador – Bahia.
COLEÇÕES PÚBLICAS
MARGS – Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre – RS
Centro Cultural UFG, Goiânia – GO
Casarão das Artes, Suzano – SP
Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis – GO
Museu de Arte Contemporânea de Jataí – GO
Os trabalhos de Helô Sanvoy são produzidos com páginas de jornal recortadas e superpostas, desconstruindo suas narrativas, enfatizando suas estruturas comunicacionais enquanto veículo de difusão massiva de notícias, opiniões e fatos sociais; provocam o surgimento de outras narrativas pelo espectador e trazem o debate ideológico sobre a função da imprensa no mundo contemporâneo: por um lado canal de manifestação da liberdade de pensamento e por outro meio de manipulação da opinião pública.
- Divino Sobral
Natural de São Paulo, vive e trabalha em Salvador desde 1996
Escoteiro, permacultor, cozinheiro, diretor de arte, cenógrafo, produtor cultural, pintor, desenhista, performer, tarólogo e escritor. Membro fundador do GIA , estudei pintura e historia da arte no Conservatório de Artes de Pouso Alegre, Minas Gerais entre 1993 e 1995. Em 1998 iniciei o curso de Bacharelado em Artes Plásticas da UFBA que foi interrompido para maior dedicação ao campo do cinema, mais especificamente no Departamento de Arte, onde desenvolvi um profundo estudo sobre técnicas de pintura, e historia dos objetos que vieram a influenciar no projeto de pesquisa em artes que venho desenvolvendo sob o tema de Paisagem Corsária.
2011
Fevereiro / V.E.R. encontro de arte viva
Ecovila Terra Una / Liberdade / Minas Gerais
Artista residente
2012
Julho / Rémue Ménage
Museu de Arte Moderna da Bahia / Salvador / Bahia
Performance e ciclo de debates
2013
agosto e setembro / residência Artística e Cultural Água no Feijão
Santo Antonio Além do Carmo / Salvador / Bahia
Artista residente
2014
março / residência artística Muros Territórios Compartilhados.
Salvador / Bahia
Curadoria
2014
maio / IV Mostra de Performance, a imagem e o efêmero
Galeria Cañizares / Salvador Bahia
mostra de encerramento (com Michelle Mattiuzzi)
2014
julho / 3 Bienal da Bahia, Campo gravitacional, Arquivo ou Ficção?
Arquivo Publico da Bahia / Salvador / Bahia
Cozinha Pirata coquetel de abertura (performance)
2015
maio e junho / ArtConceito 524 luas
Casa XIS / Salvador / Bahia
Artista convidade
2015
julho / Casa Caos
Santo Antonio Além do Carmo / Salvador / Bahia
Artista convidado e montagem
Luiz Mauro nasceu em Goiânia, GO, em 1968, onde atua, há cerca de 30 anos, como artista visual e como professor de Desenho na Escola e Artes Visuais da Secult Goiás. Artista autodidata, comprometido com as tendências artísticas contemporâneas, desde 1984 vem participando e recebendo premiações em vários salões em Goiás e em outros Estados. Recebeu as seguintes premiações: Prêmio no I Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste (2011); Prêmio CELG de Artes Visuais (2003); Prêmio Galeria Aberta, na 3ª Bienal Nacional do Museu de Arte Contemporânea de Goiás; Prêmio Brasília de Artes Plásticas, do Museu de Arte de Brasília, DF (1990); e o Prêmio na 1ª Bienal Nacional do MAC de Goiás (1988).
Individuais
2003 Anima Angelus – Referência Galeria de Arte, Brasília-DF
1996 Galeria Funarte – Brasília-DF
1993 Galeria Macunaíma – Rio de Janeiro-RJ
1990 MAC – Goiânia
Coletivas
2013 Diálogo Desenho – Muna, Uberlândia-MG
2012 Espelho Refletido, o Surrealismo na Arte Contemporânea Brasileira – Centro Cultural Hélio Oiticica – Rio de Janeiro-RJ
2011 Art Rio 2011 – Rio de Janeiro-RJ
Prêmio no I Salão de Arte Contemporânea do Centro-Oeste. Centro Cultural UFG, Goiânia
2010 Arte Contemporânea no Acervo da UFG – Centro Cultural UFG
2008 SP Arte, 4ª edição, Pavilhão Bienal, São Paulo-SP
2006 Unimultiplicidade – Galeria de Arte Frei Confaloni – Goiânia
2005 14º Salão Anapolino – Galeria Antônio Sibasolly Anápolis-GO
2003 Prêmio CELG de Artes Visuais, prêmio aquisição desenho Goiânia-GO
2002 Olhar Multiplicado – Espaço Cultural Contemporâneo Venâncio (ECCO) – Brasília-DF
2001 III Bienal do Mercosul – Porto Alegre-RS
2000 Trajetórias e Perfis – acervo do MAC – Goiânia-GO
1997 “Brasil” Reflexão 97 – A Arte Contemporânea da Gravura, Curitiba-PR
Art-Brésil – Museu Sursock – Beirute–Líbano
1994 Itaú Galeria (Leonardo Benjamim/Luiz Mauro), Brasília
1993 Projeto Macunaíma – Rio de Janeiro-RJ
1991 BR 80 – Pintura Brasil Década 90- Itaú Galeria – Brasília / Goiânia-GO
1990 Prêmio Brasília de Artes Plásticas – Museu de Arte de Brasília DF (MAB)
1988 Prêmio na I Bienal Nacional – MAC – Goiânia-GO
Nascido em 13 de julho de 1979, em Minas Gerais, Brasil.
Vive e trabalha em Nova York.
Como um nativo de São Paulo, Brasil, me mudei para Miami em 2010 para seguir uma vida como um artista em tempo integral. Aceitam-se como artista residente no Complexo Bakehouse Art 2011-2012, tenho desenvolvido o meu corpo de trabalho, ao mesmo tempo participando em numerosas exposições colectivas e focado. Transformando a aplicação tradicional do meu primário médio, aguarela, de uma maneira totalmente única, eu sou capaz de infundir o meio com a vitalidade contemporânea embora o meu estilo e temas.
Principalmente autodidata, começou a pintar com a idade de 16. Quatro anos mais tarde, eu estava vivendo e estudando no Núcleo de Arte. Antes de me concentrar unicamente em minha pintura, eu trabalhava em estúdios de design, agências de publicidade e em Macacolândia, um estúdio de ilustração que co-fundou com três amigos.
Exposições Individuais
2010 – 24 ilustrações de Daldoce para Playboy, Galeria Pop, São Paulo, Brazil
Exposições Coletivas
2013 – World of Art Showcase, Raleigh Convention Center, Raleigh, NC
2012 – Art Miami Context (Basel Week), Cancio Contemporary, Miami, FL
2012 – World of Art Showcase, Wynn Hotel/Casino, Las Vegas, NV
2012 – Hunting-for-Bodies, Jorge Hulian Gallery, Miami, FL
2012 – PORTRAITISTS, Rubem Robierb Gallery, Miami, FL
2011 – Tea Party 4BASEL, Rubem Robierb Gallery, Miami, FL
2011 – ME TOO: All the Same: Audrey Love Gallery, Miami, FL
2011 – Poster PeepShow:The Art of the Pin Up, Gallery Nucleus, Los Angeles, CA
2009 – Brasilidade Ilustrada, Instituto Europeu de Design, São Paulo, Brazil
Publicações
2008 12- Colaboração, Coluna Mensal Perguntas e Respostas, Playboy, Brasil
2008 – Colaboração, Revista Zupi, Brazil.
Artigos e Entrevistas
2012 – Around Town Mag, Artista em Destaque, Agosto
2011 – Art Nouveau Mag, Issue 4: Girls, Girls, Girls, Abril
2009 – Madnessofart.com, Master of the Three Ws, April
O MUNDO DOS AFETOS E DA INTIMIDADE
Marcelo Daldoce mostra aquarela realizada sobre suporte tratado com dobraduras ritmadas em toda sua extensão, pinta figuras femininas que, ainda que estejam representadas no espaço bidimensional, de alguma forma se relacionam com o espaço tridimensional causado pelo relevo do papel dobrado.
- Divino Sobral
Micah Gaugh nascidos em Colon, Panamá, viveu a maior parte de sua vida adulta no East Village, Nova York. Formado em música na Universidade Carnegie Mellon, Pittsburgh. É o criador da banda americana Puppet.
Seu projeto musical atualmente é “Highrise” um balé em que o protagonista é um artista que conhece duas mulheres. Uma das mulheres é uma artista a outra mulher é uma empresária. As mulheres se encontram e ambos os relacionamentos são perdidos, mas ele ganha uma mostra de arte em Paris. A música para a banda Puppet foi lançada com o titulo de ” Everything”, através da gravadora inglesa Accidental Records de Matthew Herbert. Micah Gaugh tem colaborado com Lady Kier de Dee-lite, John Zorn, G. Calvin Weston, Cecil Taylor, P-Funk Allstars, Bootsy Collins, Me’Shell N’degeocello, Earl Turbinton, Jeff Watts, Neil Caine, Burnt Sugar, Apollo Heights, Yohimbe Brothers, Dj Logic, Brandon Ross, Melvin Gibbs, JT Lewis, Thurston Moore, Jean Paul Bourelly, Bernard Wright, Junior Mac, J’neiro JAREL, Anti-Pop Consortium, Airborne áudio, folhas em branco, MF Perdição. Cx Kidtronic, Marque Gilmore, Saul Williams, Billy Bang, David Murray, “Butch” Morris, Alex Blake, La frae Sci, Diego Cortez, Moreno Velloso, Cidadão Cain, Davi Moraes, Ua, Motorista Terra, Lauryn Hill, The Roots, Arto Lindsay banda (2003-2008), Marc Ribot, James ‘Blood’ Ulmer, Melvin Gibbs, Vernon Reid e outros músicos em estúdios e apresentações ao vivo. Micah Gaugh escreveu duas óperas “Dr. Faustus Lights the Lights” e uma peça para o artista Rirkrit Taravanija destaque em’ il Postino di Tiempo ‘, escreveu algumas músicas e atuou como ator para o filme de Matthew Barney “Di Lama Lamina”e uma obra intitulado” Noise Mass” encomendados pela Chiesa Rosa em Milan. James Iha (Smashing Pumpkins) fez com Micah Gaugh remixes para as músicas, Ladytron e The Yeah, Yeah, Yeahs. Micah também atuou durante cinco temporadas na série para televisão “Sex in the City” atuou como ator em uma peça intitulada “American Book of the Dead” e está atualmente trabalhando com Melvin Van Peebles em uma versão musical de “Sweet Sweetbacks Badass Song”. Sua realização musical atual é ‘Highrise “, um balé que caracteriza Germaul Barnes (Alvin Ailey e Bill T. Jones), Tracy Jack (Teatro Clássico de Harlem) e Laurie M. Taylor (Burnt Sugar assusta a James Brown Songbook).
Sua versão atual é “The Blue Fairy Mermaid Princess”, pela gravadora italiana Africantape Records em Março de 2013.
Micah Gaugh recentemente exibiu em setembro de 2011 no centro Philadelphia’s Crane Artspace, na mostra Dialogo 365 uma exposição de arte patrocinada pelo Consulado da Venezuela, com um catálogo editado para a Biblioteca do Congresso . Durante o verão de 2011, ele lecionou Jazz na Lincoln Center, em um programa Educacional, representando os Estados Unidos como Embaixador Cultural no Suriname.
Exposições de arte
Parco Galeria X (Japão) Primavera 2014
Nippon Gallery 2014
Simultania Gallery (Strausbourg, França) 2013
Painted Bird (Philadelphia) 2013
Artsicle Online Gallery (Nova Iorque) 2012
Anonymous Gallery (Nova Iorque) 2012
Jose Castillo Gallery (Brooklyn, Nova York) 2013
Old guindaste Arts (Philadelphia) 2012
Guindaste Arts Gallery (Philadelphia) 2012
Di Lali Lamina (Carnaval Bahia / Moma / PS1) 2004/2011/2013
Il Postino Di Tempo (Manchester) 2011
Thomas Jackal Gallery (Nova Iorque) 1998
Whitmey Bienal (New York) 1997
Barbara Gladstone Gallery (Nova Iorque) 1996
Exit Art 1995
Artista Visual. Atua como professor e pesquisador do dispositivo fotográfico, atualmente desenvolve projeto abordando a resignificação de suportes midiáticos externos (outdoors). Mestre em artes visuais pela Faculdade de Belas Artes da Bahia (UFBA-EBA)
A REAÇÃO AO MUNDO DO CONSUMO
As fotografias de outdoors de Péricles Mendes afirmam a potência da linguagem documental ao mesmo tempo em que buscam negar a estética publicitária estampada nos grandes cartazes de rua, que descontroladamente tomam e poluem as paisagens das cidades estandardizando as vantagens de determinado tipo de consumo; assim seus trabalhos buscam limpar a paisagem e esvaziar as ilusões montadas pelos aparelhos de sedução do capitalismo.
- Divino Sobral
Raul Zito -1982- é fotógrafo, artista plástico e músico baseado em São Paulo. Iniciou sua trajetória nas artes visuais em 1997 e tornou-se fotógrafo profissional em 1999, paralelamente. Formou-se em Artes Visuais em 2003. Enquanto fotógrafo freelancer tem produzido diversos trabalhos de fotojornalismo, gastronomia, viagens e etnografia – desenvolvimento social e sustentabilidade.
Produz murais de técnica híbrida de colagem fotográfica e pintura, se utiliza do realismo intrínseco à fotografia PB e da capacidade orgânica da pintura gestual que transborda-se para além do frame. Trabalha o pensamento sobre os modos de vida contemporânea, por meio da pesquisa etnográfica, a vivência urbana e as manifestações originárias, cultura/natureza, dispositivos de controle e poder, fala sobre variadas formas de resistência, principalmente no eixo Africa – América Latina.
Desenvolveu trabalhos de rua em São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Ceará, Sergipe e Minas Gerais. Participa de projetos de arte intercontinentais, nos quais já enviou trabalhos para países como Espanha, Itália, EUA, Israel, Reino Unido e Alemanha.
Prefere produzir arte no espaço público, de acesso livre e espontâneo a quem transita nas cidades. Entretanto participa de exposições em espaços culturais nas quais funde outras formas de linguagem artística, como o cinema, a música e performance.
Como arteducador tem ministrado oficinas de história da arte, fotografia, intervenção urbana, colagem e integração de linguagens.
Seu trabalho tem sido contemplado em diversos projetos teatrais como arte de cena/cenografia.
2003
– “Vermelho – Brasil + Cuba”, Individual na FAU – USP – São Paulo
2007
– “Brasil Alimenta” – Mercado Municipal de São Paulo
2008
– “Bahia Grafita” – Mostra Internacional de Arte Urbana- ICBIE – Salvador – BA
2009
– “Gnose” – Individual – Grazie A Dio – São Paulo
– “Olhares Sobre o Extremo” – Coletiva – CEDECA Interlagos – São Paulo
– “Gabriel 470 – Street Art” – Coletiva – Galeria Gabriel 470 – São Paulo
– Alameda-Arte de Rua – “Ferrovia”, no CCJ – Projeto Contemplado em Edital – São Paulo
2010
– “Nossa Arte Negra” – 13º Salão de Arte Afro de Embú das Artes
– II Festival Internacional “Parede” – Centro Cultural da Justiça – Rio De Janeiro
2011
– “Periferia.com” – Coletiva – Pq. Laje – RJ
– “Arte.Agora”- Coletiva – Maguinhos, RJ
– XIII Mostra Sesc Cariri de Cultura – Juazeiro do Norte e Crato, CE
– “II Além da Rua” – Dragão do Mar/MAC Fortaleza, CE
2012
– “Terreiro Urbano” – Instalação no Sesc Pompéia – Virada Cultural – São Paulo
– Mixto Quente – “Quintal” – CasadaLapa
– “Cachorrio” – Mostra Sesc de Artes – Sesc 24 de maio
– “Lima Barreto dos Prazeres” – Espetáculo Teatral Multimídia – Rio de Janeiro
– Festival Black to Black – Cenografia para instalação e performance – Rio de Janeiro
– Mixto Quente “Espaço Público” – Casa da Lapa – São Paulo
2013
– “Feijoada” – Condomínio cultural – São Paulo
– “Novo Olhar Urbano” – Galeria A7MA – São Paulo
– “Retrato Calado” – Espetáculo Teatral – Sesc Belenzinho – SP
– “Autonomídia” – Coletiva – CCJ – SP
– “Diálogos SP” – Coletiva – Praça da Sé – SP
– “Cartografias Artísticas Contemporâneas” – Exposição Coletiva – Memorial da América Latina – SP
– “Heliogabaalo, Guerra Primal dos inícios” – Espetáculo Multimídia – Sesc Copacabana – RJ
2014
– “Quebrada Cultural” – Produção de mural no evento na Ong Treme Terra
– “ODU” – Exposição Individual no Espaço da Revista CULT – São Paulo
– “Festival dos Direitos Humanos” – Produção de mural no evento – São Paulo
– “AGÔ” – Exposição com Gabriel Nast na Galeria Pierre Verger – Salvador
– “Spaghetti Paulista” – Arte de cena – Maratona Teatral de Francisco Carlos na Virada Cultural – Escola SP de Teatro – São Paulo
– “Arte no Muro Ed.2” – Produção de mural em projeto ProAc – São Paulo
– “Casa Rodante” – Colaboração artística no projeto cultural da Casadalapa na “Cracolândia”, junto à secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de SP – São Paulo
– “PARALAXE” – Individual no SESC Pinheiros – SP
2015
– “AGÔ” – Criação de mural na Paróquia de Santana – Sesc Santana- SP
– SuperOff – Apresentação audiovisual no festival de Super8 – CCSP – SP
– Lançamento do Livro “AGÔ”, Com Gabriel Nast
– Cenografia para a peça “Jaguar Cibernético” – Sesc Ipiranga – SP
– Lançamento do Livro-objeto “possum,potes,potui,posse,poder”, com Carango Sá e Hideki Nomies – Projeto de Livro de Artista com apoio do ProAc – SP
– Criação de Mural em ação cultural de redução de danos da “Casa Rodante” – SP
2016
– “No mesmo Balaio” – Coletiva – Gal. Luís Landeiro – Salvador – BA
As obras dinâmicas de Raul Zito chamam atenção a vitalidade e resistência dos que vivem nas margens da segurança social, econômica e cultural. Suas obras de rua de grande escala geram vigor em favor as comunidades mais vulneráveis do Brasil, e fazendo isso, exprimem um exigência pela mudança, pela igualdade social. Sua fotografia e videografia documental social inspiradora, suas enérgicas colaborações áudio-visuais e performáticas, e suas instalações escultóricas deslumbrantes criam um fusão entre o elegante, o sofisticado e o marginal. Esta tensão de combinar ação e sensibilidade, expressa uma maturidade profissional que poucos artistas podem articular tão bem, juntando a arte de rua, a fotografia, e atividades culturais. O trabalho de Zito fortalece, educa e integra a política e a estética, sacudindo o espectador de sua inércia, e imbuindo um sentido criativo no contexto. Sua forte resposta artística ao seu envolvimento com o mundo, tanto atraem e contribuem aos povos e lugares com que ele trabalha, para fortalecer comunidades, e oferecer experiências criativas não convencionais para todos nós
- Lea Rekow
O artista urbano Raul Zito apresenta sua fotografia experimental ou “fotografia expandida”. Se utilizando de técnica mista para a composição das imagens em preto e branco, que estão aplicadas em ferro, madeira e alteradas por processos químicos, intemperismos, colagem e pintura.
As obras de Raul Zito saltam sobre o mistério, com um olhar contemporâneo sobre a simbologia afro-brasileira. As narrativas da mitologia yorubá e os seus arquétipos são os motivos de suas intervenções urbanas e trabalhos em diversos suportes. O artista tem como ponto de partida o muro, símbolo do mundo concreto, urbano e visível, elemento de separação, mas que a prática muralista transforma em portal, para novas propostas estéticas. A palavra MURO, quando “flipada”, invertida ou espelhada, torna-se ORUM – que significa a morada dos deuses, reino dos orixás, voduns ou nkisis. É neste instante de inversão ou “flipada” que se realiza a sensação do plano invisível, metafísico, espiritual sobre os mistérios e o olhar deixa se tomar pelos sentidos na absoluta energia ancestral, abrindo caminhos no plano urbano estéril.
No espaço expositivo da galeria, foi criado um mural híbrido de fotografia e pintura de 6 x 6 metros como um grande portal e estão expostas séries de trabalhos produzidos entre 2013 e 2016. Mostrando ao público momentos do percurso do artista, sua diversidade de materiais e conceito estético.
- Luiz Fernando Landeiro
Sérgio Helle desenvolve um trabalho em que mescla as mais novas ferramentas digitais com tradicionais técnicas de desenho e pintura. Com 25 anos de carreira, foi um dos primeiros artistas cearenses a utilizar o computador como ferramenta artística, tendo realizado, ainda em 1995, sua primeira exposição em que participou com infogravuras. Com a gravura Paixão, ganhou o Prêmio Gravura do Salão de Abril, em 2001. Sobre ela, registra Herbert Rolim, no livro Salão de Abril – De casa para o mundo do mundo para casa: “Foi o primeiro caso de infogravura, que aparece nos registros do Salão de Abril, reconhecido como categoria.” Com esse trabalho, o artista foi convidado para participar da III Bienal do Mercosul, naquele mesmo ano.
PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES COLETIVAS
FORTALEZA, BRASÍLIA, PORTO ALEGRE E HAVANA
UNIFOR PLÁSTICA “ANO X”/V/VI/VII/VIII/X/XII/XIII/XIV/XV/XVI – Espaço Cultural da Unifor 1983/1984/1985/1986/1987/1989/1991/2005/2007/2009/2011
III BIENAL DO MERCOSUL – Santander Cultural Porto Alegre-RS 2001
III BIENAL DO MERCOSUL – Conjunto Cultural da Caixa Econômica Federal Brasília-DF 2002
CALEIDOSCÓPIO – Galeria Vicente Leite 2008
SALÃO DE ABRIL – De casa para o Mundo. Do mundo para casa – Museu de Arte Contemporânea – Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura 2011
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS – FORTALEZA / CURITIBA
SONHOS – Festival Vida e Arte – Centro de Convenções 2005
DOBRAS MOLES – Centro Cultural Oboé 2005
ACQUA – Exposição e lançamento do livro ACQUA – Galeria Mariana Furlani 2010
PERFIL CEARENSE – Espaço Cultural Assembleia Legislativa do Ceará 2013
ACQUA – Exposição e lançamento do livro INFOGRAVURAS – Galeria Zilda Fraletti – Curitiba 2013
FRAGMENTA – Galeria Mariana Furlani – Fortaleza 2014
ACQUA – Galeria Luiz Fernando Landeiro – Salvador 2015
Sérgio Helle vive e trabalha em Fortaleza, Ceará.
Desenvolve um trabalho em que mescla as mais novas ferramentas digitais com tradicionais técnicas de desenho e pintura. Com 25 anos de carreira, foi um dos primeiros artistas cearenses a utilizar o computador como ferramenta artística.
“Sérgio Helle não é apenas um usuário da tecnologia disponível no seu tempo. É bem mais. Ele mergulha na tecnologia e a expande, alargando a possibilidade do seu uso artístico.Sua obra, efetivamente, contém tudo que poderia ser sintoma da pós-modernidade porque, além de ser um artista pós-moderno, ele participa da construção do seu tempo. Helle é o seu tempo.”
- Roberto Galvão - Membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA).
https://vimeo.com/123547874Individual
Prêmio Residência Artística FAAP – SP (2012)
Edital bolsa Funarte de estímulo a criação artística em artes visuais ( 2010-2011)
Tuti Va Bene -10 anos – Galeria ACBEU – BA (2010) Ocupado – Galeria Aliança Francesa – BA (2009) Isso Cata – Universidade Católica – BA (2000)
Performances
Corpos Informáticos – Brasília – DF (2010)
Programa Soterópolis – IRDEB/TVE – BA (2010)
Coletivo Osso – BA (2009/2010)
FIAC – Lounge Oi Futuro/Cabaré – BA (2009)
V Seminário de Cinema e Audiovisual TCA – BA (2009)
VI Bienal da UNE – BA (2009)
IV Seminário de Cinema e Audiovisual TCA – BA (2008)
Curta Penca de Gente (Participação) – BA (2008) III de Cinema e Audiovisual TCA – BA (2007)
Coletiva
2012
Exposição: Escultura nova- Galeria ACBEU – BA
FHUBA – Festival de Humor da Bahia – BA
Circuito das Artes – Museu Carlos Costa Pinto – BA
Mostra de Performance: O Performer e sua imagem – Galeria Canizares
2011
Mostra de Performance: Corpo aberto, corpo fechado. (Galeria Canizares – EBA)
Mostra M.O.L.A Osso Latino Americana de Performance Salões Regionais de Artes Visuais da Bahia (FUNCEB)
Outros anos
Caderno Vídeo Brasil 6 – (2010)
12° Salão de Santa Catarina – (2010)
Circuito das Artes – Goethe Institut – BA (2010) AAI-Curadoria Marília Palmeira – BA (2010)
Atelier Coletivo VISIO PONTO – BA (2010, 2011 e 2012) Circuito das Artes – Galeria Aliança Francesa – BA (2009) Circuito das Artes Goethe Institut – BA (2008) Degustação – Galeria do Conselho – BA (2008)
Notícias do Agora – Galeria Aliança Francesa – BA (2007) Entre Centros – Galeria ICEA – BA (2007)
Visualidades – Galpão Santa Luzia – BA (2004)
Street Ué – Sala de Arte do Baiano – BA (2003)
Papel e Ofício – Sala de Arte do Baiano – BA (2003) Exposição Destaque Oficinas MAM – BA (2002)
Balaio Cult – Pelourinho – BA (2001)
Em 1968, durante o agitado ano da conturbada década de 1960, o norte americano Lawrence Weiner – hoje um respeitado e histórico artista de 70 anos – fez a seguinte formulação sobre as relações entre ideias, arte e linguagem: “o artista pode construir a obra / a obra pode ser fabricada / a obra pode não ser construída – cada uma dessas ações é coerente com as intenções do artista, a decisão quanto ao fazer, assim com as condições, estão com o receptor da obra no instante da recepção”. Sob essas sentenças quase budistas em seu mistério, se explicitava o desejo de Weiner: alterar a natureza do objeto de arte, que pode ser, também, uma escultura feita de palavras , uma frase que passa pela cabeça de quem pena, se transformando em muitas coisas e que existe, de fato, já quando é imaginada.
Há uma década (compreende sua primeira juventude) Tuti Minervino tem imaginado pelas ruas de Salvador, entre amigos ou desconhecidos, em sua casa – atelier ou sobre folhas de papel em cadernos organizados segundo a lógica e as intenções do artista.
Sua produção se divide por objetos, performances e uma sucessão de ações de difícil classificação. E há ainda frases – assim como na tradição de Weiner, palavras que são esculturas, podem se realizar ou não, sendo uma decisão tanto do artista quanto do publico. São obras tanto finais, quanto “potenciais”. Depois de imaginadas, elas passam pela experiência da realização no mundo, se alterando, ainda que as palavras têm , podem ter, dependendo da situação, da intenção, da imaginação.
Assim, nesse jogo do pensar e do fazer, no qual as palavras e seus sons são as pequenas peças com as quais Tuti realiza sua intensa construção, cada obra necessita de um nome, do mesmo modo que o corpo precisa da sombra para ser lembrado da existência sob o Sol. Cada silaba, rima e frase carrega seus objetos de sentido, enquanto a palavra frente a esses mesmos objetos ganha um outro significado. O mesmo para as obras em estado de potência, instruções para poderem existir: “Vá ao Japão, sinta o Japão, Tóquio”, como nos exibe Minervino.
Imaginar a relação entre os nomes e seus objetos pode ser uma agradável porta de entrada para se aproximar dos trabalhos e das relações que Tuti Minervino mantém com o tempo, o espaço, as pessoas, as palavras, e as muitas coisas. Há graça, melancolia, piada e angustia na sua arte alimentada por frases e nomes, em sua forma ousada, inesperada e extremamente potente de apresentar ao espectador uma realidade com sentidos alterados, transformados, inesperados.
- Marcelo Rezende
… é difícil saber se a busca pelo inusitado é uma sugestão ao possível expectador ou simplesmente uma maneira de lidar com as coisas, pessoas e situações da vida.
O profícuo Tuti está em objetos, performances, fotografias, instalações, instaurações, literatura, mas também no jeito de falar, indumentárias e um jeito especial de ser.
Para o artista a função das coisas está de acordo com a demanda da vida e da dinâmica que nos faz sentir ainda mais vivos, independente da ordem efetiva das coisas, determinada pelo poder constituído da apatia e da mesmice que, às vezes, insiste em nos incomodar, e dos quais pretendemos nos insurgir.
- Ayrson Heráclito
Tuti Minervino é um artista performático que vem trabalhando na cidade de Salvador, na Bahia , utilizando espaços abertos na cidade , galeria e museus. Tuti tem buscado refletir em seu trabalho, sobre elementos sígnicos urbanos, misturando imagens de rua a um imaginário que vem sendo construído através das mídias eletrônicas com qualidade e singularidade autoral.
- Prof. Dr. Roaleno Ribeiro Costa
Formado em Design Gráfico e mestrando em Poéticas Contemporâneas na Universidade de Brasília – UnB. Trabalha principalmente com desenho e desde de 2008 vem participando de exposições em várias cidades do Brasil. Em 2011 foi selecionado para participar do projeto Rumos do Itaú Cultural. Em 2012 ficou em primeiro lugar no Prêmio EDP nas Artes do Instituto Tomie Ohtake, também no mesmo ano teve seu livro Talvez o Mundo Não Seja Pequeno publicado pela A Bolha Editora. Em 2013 realizou duas exposições individuais, uma em Banff Centre no Canadá e outra na sede da Funarte em Brasília. Em 2014 foi indicado pela segunda vez ao Prêmio Pipa Investidor de Arte. É um dos sócios fundados do Espaço Laje, em Brasília.
Exposições Individuais
2013 Ausente Presente, curadoria Paulo Miyada. Galeria Fayga Ostrower – Funarte, Brasília.
2013 The White Crash. The Banff Centre, Banff (Canadá).
2012 Tudo Quer Ser, curadoria e concepção Leno Veras e Virgílio Neto. Espaço Laje, Brasília.
2011 Diálogo. Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul – MARCO, Campo Grande.
Principais Exposições Coletivas
2013
Triangulações. Brasília, Salvador e Recife.
Nossa Exposição de Desenho, curadoria Polyanna Morgana. CAL – Casa da América Latina,
Brasília.
64º Salão de Abril. Sobrado Dr. José Lourenço, Fortaleza.
Encontros Improváveis. Espaço Cena, Brasília.
A Lua no Bolso, curadoria Raphael Fonseca. Largo das Artes, Rio de Janeiro.
Dois Anos de Laje. Galeria Espaço Piloto – UnB, Brasília.
Situações Narrativas, curadoria Marcus Lontra. Galeria Coleção de Arte, Rio de Janeiro
2012
Rumos Artes Visuais 2011-2013, curadoria Agnaldo Farias, Instituto Itaú Cultural, São Paulo.
Novas Linguagens. Galeria Referência, Brasília.
Outras Coisas Visíveis Sobre Papel, curadoria Paulo Myiada. Galeria Leme, São Paulo.
3º Prêmio EDP nas Artes. Instituto Tomie Ohtake, São Paulo.
Gambiarra, Galeria Espaço Piloto – UnB, Brasília.
11º Salão Nacional de Arte de Jataí. MAC – Museu de Arte Contemporânea, Jataí.
Centerfolder, curadoria Ralph Gehre, Referência Galeria de Arte, Brasília.
Habilitação/ Residência, curadoria Matias Monteiro. Hill House, Brasília.
Dialetos, curadoria Paulo Henrique Silva. Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso
do Sul – MARCO, Campo Grande.
MAB: Diálogos da Residência, Museu Nacional da República, Brasília.
2011
Desequilíbrios e Imperfeições, curadoria Marcus Lontra. Galeria Coleção de Arte, Rio de
Janeiro.
Fake Doodles. Livraria A Bolha, Rio de Janeiro.
17° Salão de Anapolino de Arte. Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis.
Salão de arte Novíssimos. Galeria de Arte Ibeu, Rio de Janeiro.
Dos Planos Que Voam, curadoria Suzzana Magalhães. Espaço Cultural Zumbi dos Palmares,
Brasília.
17° Salão Unamá de Pequenos Formatos. Galeria Graça Landeira, Belém.
1° Salão Centro-Oeste de Arte Contemporânea. Espaço Cultural UFG, Goiânia.
Mirada Desobediente, curadoria Matias Monteiro. Galeria Parangolé – Espaço Cultural 508,
Brasília.
2010
Fresh Produce 2010. Anno Domini Gallery, San Jose (Estados Unidos).
Open Gallery. Brick Lane, Londres (Inglaterra).
Aos Ventos Que Virão, curadoria Fernando Cocchiarale e Karla Osório Netto. Espaço
Cultural Contemporâneo – Ecco, Brasília.
Projeto Ocupação Contemporânea, curadoria Marcus Lontra, Referência Galeria de Arte,
Brasília.
2009
Fresh Produce 2009. Anno Domini Gallery, San Jose (Estados Unidos).
Coletiva 2009. Andrea Mendes Galeria, Brasília.
9° Salão de Artes Iate Clube, Iate Clube, Brasília.
Inter-Vir. Objeto Encontrado Galeria, Brasília.
Cadernos de Desenho, curadoria Ralph Gehre, Hill House, Brasília.
2008
FAM – Festival Internacional de Arte e Mídia. Galeria UnB, Brasília.
Outros. Objeto Encontrado Galeria, Brasília.
Figuração. Alliance Française, Salvador.
Abertura. RV Cultura e Arte Galeria, Salvador.
Prêmios
2014 Prêmio Pipa Investidor de Arte – Indicação.
2013 Prêmio Ocupação Funarte Arte Contemporânea. Brasília, DF.
2013 Prêmio Pipa Investidor de Arte – Indicação.
2012 EDP nas Artes, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo. 1º lugar.
2012 11º Salão Nacional de Arte de Jataí, Museu de Arte Contemporânea, Jataí – Referência
Especial do Júri.
2011 17° Salão Anapolino de Arte. Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis – Prêmio aquisição,
1º lugar.
Publicações
2013 Ausente Presente, Paulo Miyada e Virgílio Neto. Edição do Autor, Brasília.
2013 Interações Não Distantes, org. Christus Nóbrega. Editora Universidade de Brasília,
Brasília.
2012 Talvez o Mundo Não Seja Pequeno, Virgílio Neto. A Bolha Editora, Rio de Janeiro.
Residências
2013 The Banff Centre, Banff, Canadá.
2012 Núcleo de Extensão Artística, Cruzeiro do Sul.
Endereço: Rua da Paciência, 227, Rio Vermelho - Salvador, Bahia
+55 71 3035-4154